Gol estuda aviões menores para rotas regionais e planeja nova fase de crescimento
CEO Celso Ferrer ainda afirmou que companhia pretende arrendar até sete aeronaves Airbus 330

O CEO da Gol, Celso Ferrer, reafirmou nesta semana o desejo da companhia de expandir sua frota além do modelo Boeing 737. Em entrevista à Flap TV – clique aqui para assistir – ele declarou que enxerga como “muito promissora” a criação de uma “sub-frota regional” com 20 a 30 aeronaves.
Quando fala em “sub-frota regional”, Ferrer aponta para modelos menores, como o Embraer E2 e o Airbus 220. O Grupo Abra – do qual a Gol faz parte – já estaria avaliando propostas com ambas as fabricantes.
Além dessa vertente, o executivo ressalta que a Gol também mira entrar “por cima” na frota, ou seja, com aviões de corredor duplo para voos de longa distância. A empresa anunciou recentemente que pretende arrendar até sete unidades do Airbus 330-900 neo, com entregas previstas para 2026.
Entre os fatores que motivam essa diversificação está a crise na cadeia global de produção de aeronaves, que tem tornado a entrega e os custos cada vez mais imprevisíveis. Ferrer afirmou que a Gol não pretende abandonar o 737, “o coração” de sua operação.
No segmento regional, a aposta em E2 ou A220 surge para aproveitar mercados menos servidos, sobretudo após o encerramento das operações da Voepass e a redução de rotas da Azul, que está em processo de recuperação judicial.
Adicionalmente, há estímulos do poder público para que a Gol e o Grupo Abra escolham modelos nacionais, em especial da Embraer. O governo aprovou regras para que o uso dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) seja condicionado à aquisição de aeronaves fabricadas no Brasil.