Pedro Menezes   |   23/05/2025 18:27

Entidade reforça necessidade de política sólida para aviação no Brasil

Brasil conta hoje com uma frota de apenas 440 jatos comerciais, número inferior ao registrado em 2012

Divulgação/BH Airport
O Brasil tem mais de 90% de todos os processos contra as empresas aéreas no mundo
O Brasil tem mais de 90% de todos os processos contra as empresas aéreas no mundo

A falta de uma política específica para a aviação civil preocupa lideranças do setor. É o que diz Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer. Segundo ele, o Brasil conta hoje com uma frota de apenas 440 jatos comerciais, número inferior ao registrado em 2012, quando o país dispunha de mais 500 jatos.

Segundo a associação, há, ainda, as dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras, todas em processo de reestruturação financeira, com redução de frotas e a ausência de planos fortes de expansão. Isso sem mencionar a falta de uma regulamentação para diminuir a judicialização e, consequentemente, a incidência de processos contra as companhias aéreas. O Brasil tem mais de 90% de todos os processos contra as empresas aéreas no mundo.

“Parabenizamos o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo e da Embratur, com o lançamento do Plano Brasis, mas necessário de uma política para o setor aéreo. A falta de conectividade aérea prejudica diretamente o turismo, os negócios e a logística nacional. Cidades com potencial turístico ficam isoladas pela falta de aviões e, consequentemente, recebem menos visitantes, o que não rentabiliza muitos investimentos. Além disso, a escassez de rotas e voos inviabiliza o desenvolvimento de uma série de destinos”

Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer

Há exemplos internacionais que podem inspirar o Brasil. Países como Catar, Etiópia, Turquia e Índia têm investido fortemente na expansão de suas frotas e infraestrutura aérea com o objetivo de atrair mais turistas e desenvolver o setor. Já Estados Unidos, Inglaterra, França e Itália vêm implementando políticas consistentes de fortalecimento das companhias aéreas nacionais, garantindo competitividade e estabilidade para o setor.

Para reverter esse cenário, especialistas apontam algumas soluções: apoio urgente para a ampliação e renovação da frota de jatos, a criação de um fundo de incentivo à aviação regional, subsídios para novas rotas e maior previsibilidade regulatória para atrair companhias aéreas estrangeiras e fomentar as nacionais.

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