Mercado está ansioso, mas Delta e Latam "ainda não conversam"
Presidente da Delta, Fábio Camargo diz que ainda não se reuniu em nenhum momento com representantes da Latam para tratar do negócio; veja no Portal PANROTAS
Sobre a parceria entre a companhia norte-americana e a latina, eles estão animados e ansiosos com seus desdobramentos, mas sabem que os primeiros resultados tardarão a aparecer. "O resultado não será imediato e deve aparecer em dois, três anos. Em 2020 ainda há muito a resolver em termos de dissolução com a Gol, mudança de codeshare, entre outras pendências. O joint-venture pegaremos a partir de 2021", acredita o VP da Ancoradouro, Cassio Oliveira. "A pergunta é quem vai 'se casar' com a Gol."



O VP da BRT, Marco Di Ruzze, elogia a forma como a parceria Delta e Gol É conduzida, mas também não tem do que reclamar da nova parceria. "Uma parte considerável dos profissionais da nossa matriz são ex-funcionários da Latam e estão familiarizados com a maneira de trabalhar. Não sei quando começarão aparecer as mudanças, mas estamos lidando com duas aéreas de excelente produto e capilaridade. A integração será muito boa", afirma Di Ruzze. "Vale parabenizar Gol e Delta. No Projeto Paraná, em que a equipe da brasileira passou a se dedicar assuntos Delta para atender ao Estado, não perdemos nada na qualidade do atendimento. Tanto que por enquanto nada mudou, e os assuntos Delta são resolvidos com a equipe Gol."

FÁBIO CAMARGO: AINDA NÃO CONVERSAMOS
"É histórica", resume o diretor da Delta Air Lines no Brasil, Fábio Camargo, sobre a parceria com a Latam. "Mas ainda não dá para cravar nada. É um anúncio muito grande e acreditamos que ao longo dos próximos anos os benefícios serão extremamente positivos, mas por enquanto é uma carta de intenção. Tanto que aqui no Brasil ainda não conversamos", freia o executivo.
*Enquanto o evento acontecia, a Gol anunciava ao mercado que a Delta Air Lines vendeu os mais de 5% em ações que possuía na empresa brasileira.
DÓLAR ALTO E PREVISÕES
A alta do dólar não é pior do que a oscilação da moeda para os consolidadores ouvidos pela reportagem. "É melhor que fique estável, nem que esteja um pouco mais alto. O sobe e desce é o que a trabalha, pois demonstra instabilidade", afirma Luciano Guimarães.André Sanajoti, da High Light, concorda. "A moeda oscila consideravelmente dentro de um único dia e essa instabilidade atrapalha, mas estamos lutando contra isso diariamente", afirma Sanajoti. "O dólar e o fator de ocupação estão aumentando o tíquete médio, o que acaba compensando. O importante é que nem corporativo e nem lazer estão deixando de voar", completa o executivo, prevendo, para 2020, a manutenção de alta no faturamento do grupo entre 10% e 15%.
