Karina Cedeño   |   21/06/2018 10:00

Aviões conectados a satélites podem gerar economia de US$ 15 bi

Tais aeronaves podem gerar uma economia 21,3 milhões de toneladas de emissões de CO2 até 2035

Pixabay
Aeronaves conectadas a comunicações via satélite têm o potencial de reduzir em 2,5% o consumo de combustível por voo, o que equivale a 21,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, de acordo com estudo feito pela London School of Economics and Political Science (LSE), em parceria com a Inmarsat (provedora de comunicações móveis via satélite).

O material também mostra que esse tipo de conectividade pode gerar uma economia de US$ 15 bilhões por ano para as companhias aéreas, reduzindo o impacto e a probabilidade de atrasos, cancelamentos e desvios.

Ao avaliar os benefícios econômicos das operações de companhias aéreas conectadas a satélites, a pesquisa examinou uma ampla gama de eficiências geradas pelas aeronaves e os seus benefícios associados. Além da economia de combustível, pode-se citar a diminuição de atrasos, inovações nos processos de manutenção, melhorias no gerenciamento do tráfego aéreo, melhorias na segurança, entre outras.

Com base nos atuais números de aviões conectados, a pesquisa conclui que, juntas, essas eficiências podem gerar uma redução de até 1% nos US$ 764 bilhões gastos anualmente pelas companhias aéreas em despesas operacionais em todo o mundo. Isso equivale a 20% do lucro líquido previsto para o setor global de aviação em 2018 (US$ 38,4 bilhões).

Como deverá haver um aumento exponencial da adoção de aviões conectados, espera-se uma duplicação dessa economia de custos e uma economia global de até US$ 15 bilhões para as companhias aéreas até 2035.

REDUZINDO ATRASOS
Estima-se que os atrasos globais nos voos custem US$ 123 bilhões por ano para o setor, com as condições climáticas sendo responsáveis por quase 70% de todos os atrasos. Por meio de recursos aprimorados de navegação, a capacidade de o jato conectado evitar condições climáticas adversas e perigosas poderia gerar uma economia anual de US$ 1,3 bilhão.

Além disso, a programação da tripulação é atualmente responsável por 3% dos atrasos e um enxugamento de 66% de tais atrasos por meio de conectividade aprimorada poderia gerar uma economia anual adicional de US$ 2,4 bilhões.

Em locais onde a conectividade é totalmente utilizada no gerenciamento de interrupções para reduzir o impacto de atrasos, cancelamentos e desvios e melhorar a manutenção preditiva, a economia anual tem potencial para atingir US$ 11 bilhões.

“A previsão da duplicação do número de aeronaves nos céus até 2035 criará tanto desafios como oportunidades para o setor global de aviação. As aeronaves habilitadas para IP são um passo essencial para facilitar a crescente demanda por viagens aéreas, ao mesmo tempo em que atendem aos requisitos vitais de segurança. Os resultados do estudo destacam não apenas as poderosas eficiências comerciais das operações das companhias aéreas, mas também as vantagens resultantes em termos de segurança e impacto ambiental”, afirma o autor do estudo, Dr. Alexander Grous.

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