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Rodrigo Vieira   |   24/03/2020 10:13   |   Atualizada em 24/03/2020 11:11

Previsão se agrava e aéreas devem perder US$ 252 bilhões

Valor acaba de ser acaba de ser revisado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata)


Divulgação
Iata revisa o prejuízo e pede ajuda imediata do poder público
Iata revisa o prejuízo e pede ajuda imediata do poder público
A aviação comercial mundial deve somar uma perda superior US$ 252 bilhões devido à crise causada pela pandemia do coronavírus. O valor, que acaba de ser projetado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), é mais do que o dobro dos US$ 113 bilhões estimados há 19 dias, e se confirmado, significará uma queda de receita de 44% e de 28% em tráfego de passageiros ante 2019.

"É a crise mais pesada da história da nossa indústria", confirma o CEO global da Iata, Alexandre de Juniac. "Precisamos de ações do governo, e ações urgentes. Para já! Caso contrário, quase metade das companhias aéreas vai fechar as portas nas próximas semanas. Precisamos urgentemente de dinheiro, além de outras medidas como alívio nas taxas e impostos. Não estamos falando apenas dos 1,7 milhão de profissionais que podem ficar desempregados, mas também de um golpe ainda mais duro que a economia global pode sofrer."

Juniac citou alguns governos que estão entendendo a gravidade da situação e a conduzindo medidas positivas. Entre cerca de dez exemplos, o CEO mencionou o Brasil. "São governos que estão prestando atenção e entendendo a crise. Precisamos de uma ação massiva muito rapidamente, urgentemente... Facilitar o acesso ao crédito e cortar impostos são apenas algumas medidas", indica.

Ainda de acordo com o diretor executivo da Iata, o cenário mais conturbado é o do mercado europeu, onde há muitos players, muitos dos quais não atingiram breakeven e não têm fluxo de caixa para segurar tamanho impacto. "É o continente com maior risco de colapso", conclui.

Neste cenário, o mercado latino-americano é o segundo que mais perde em termos de tráfego aéreo, muito embora seja o segundo que menos perde em termos de receita na comparação 2020 x 2019. Confira no quadro da Iata:


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