Rodrigo Vieira   |   30/11/2021 10:02   |   Atualizada em 30/11/2021 10:03

Malha aérea se recupera e preços sobem no doméstico, diz Viajala

Preços de voos domésticos aumentaram 36% entre junho e setembro

A recuperação da malha aérea no Brasil em setembro foi de 75% em comparação com setembro de 2019, período pré-pandemia. Já as buscas de voos nacionais aumentaram 164% entre junho e setembro, em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados são do buscador Viajala. O Barômetro da empresa analisou mais de sete milhões de buscas de voos na América Latina.

"Nosso objetivo é diagnosticar de que maneira o segundo ano da pandemia e a sensação de segurança gerada pela vacinação estão afetando o comportamento dos consumidores brasileiros e a flutuação de preços das passagens nas principais rotas", afirma o CEO e cofundador do Viajala, Thomas Allier.

A Viajala também usou dados da CNC para mostrar que o Turismo registrou crescimento pelo quinto mês consecutivo em agosto, e a menor perda mensal desde março de 2020. Porém, ainda apresenta volume de receitas 21% menor que o de fevereiro do ano passado, no pré-pandemia.

Segundo o especialista do Viajala, o setor vai se aproximar da recuperação total entre o segundo e o terceiro trimestre de 2022, quando as viagens internacionais também voltarem com força. "Em outros países latinos, elas começaram a ser reativadas entre março e abril de 2021, impulsionadas pelo chamado 'Turismo de Vacinação', com o objetivo de imunização nos Estados Unidos", aponta. Porém, dois países ficaram de fora dessa reativação: o Chile e o Brasil. Mas por motivos muito diferentes.

PREÇOS AUMENTARAM
Os preços de voos domésticos aumentaram 36% entre junho e setembro, em comparação com o ano passado. De acordo com dados do Barômetro Viajala 2020, houve uma queda média de 22% no preço dos voos nacionais no ano passado, com quedas mais bruscas em rotas específicas.

Em julho de 2020, por exemplo, alta temporada (que costuma ter alguns dos preços mais altos do ano), a queda nos valores dos voos com origem em São Paulo, em relação ao ano anterior, 2019, foi de 45%; com origem no Rio de Janeiro, 47%.

"Ou seja, depois de meses de queda nos preços de voos nacionais devido à baixa demanda, eles voltam a subir, empurrados pela retomada do turismo, pelo avanço da vacinação e pela alta dos combustíveis e da inflação, que atingiu a marca de dois dígitos nos últimos 12 meses", justifica Allier. Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), os combustíveis ficaram quase 92% mais caros no segundo trimestre de 2021.

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