Artur Luiz Andrade   |   23/05/2020 00:17
Atualizada em 23/05/2020 00:21

Hertz recorre ao Chapter 11 (recuperação judicial) para sair da crise

Hertz recorre ao Chapter 11 (recuperação judicial) para sair da crise causada pela covid-19

Divulgação
A Hertz Global Holdings acaba de anunciar que, juntamente com algumas subsidiárias nos Estados Unidos e Canadá, entrou com pedido de recuperação judicial (Chapter 11) na Corte de Falências Americana do Distrito de Delaware.

Segundo a empresa, o impacto da covid-19 na demanda por viagens foi repentino e dramático, causando uma queda abrupta nas receitas e vendas futuras da companhia. A empresa eliminou despesas não essenciais e tentou reservar a liquidez, mas a incerteza que permanece sobre quando os negócios voltarão levaram a locadora a tomar essa ação.

“A reorganização financeira (que o Chapter 11 proporciona legalmente) irá levar a Hertz a uma estrutura mais robusta para navegar no que pode ser uma prolongada recuperação do setor de Viagens e da própria economia global”, disse a empresa em comunicado.

As operações da Hertz na Europa, Austrália e Nova Zelândia não estão incluídas no pedido de recuperação judicial, assim como as franquias, que não são propriedade da companhia.

A locadora disse no mesmo comunicado que todos os negócios da Hertz seguem abertos e servindo os clientes, incluindo as marcas Hertz, Dollar, Thrifty, Firefly, Hertz Car Sales e Donlen. Todas as reservas, promoções, vouchers e programas de clientes e fidelidade, incluindo os pontos de recompensa, devem permanecer inalterados.

Iniciativas como o programa de sanitização "Hertz Gold Standard Clean" também continuam, para dar segurança aos clientes em meio à pandemia.

O presidente e CEO da Hertz, Paul Stone, declarou: “A Hertz tem mais de 100 anos de liderança e começou 2020 com receitas e ganhos muito fortes. Com a severidade do impacto da covid-19 em nosso negócio, e as incertezas sobre a volta das vendas, precisamos tomar medidas para uma recuperação de longo prazo. As ações de hoje protegerão o valor de nosso negócio, permitirão que continuemos as operações e servir nossos clientes, além de nos dar tempo para criar uma nova e mais forte base financeira para atravessarmos a pandemia e nos posicionarmos melhor no futuro”.

A locadora promete continuar as operações e pagamentos de fornecedores e funcionários normalmente, sem disrupção, além de manter a qualidade e seleção dos veículos.

A empresa também afirma ter mais de US$ 1 bilhão em caixa para dar suporte às operações atuais. Dependendo da extensão da crise, pode procurar novos empréstimos ao longo da recuperação judicial.

Leia o comunicado, que inclui as ações que a empresa tomou após o início da pandemia.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.