Laura Enchioglo   |   03/11/2025 08:19

Fernando de Noronha ganha destaque mundial como destino de preservação marinha

Organização sem fins lucrativos, Mission Blue anunciou que o Arquipélago se tornou um Hope Spot


Divulgação/Visite Noronha
Fernando de Noronha abriga duas importantes unidades de conservação
Fernando de Noronha abriga duas importantes unidades de conservação

A organização internacional sem fins lucrativos Mission Blue, dedicada à conservação marinha, anunciou o Arquipélago de Fernando de Noronha como o mais novo Hope Spot. Fabio Borges, presidente do Instituto Vida no Oceano e do Projeto Tubarões e Raias de Noronha, e Rafaely Ventura, coordenadora de projeto do Projeto Tamar, são reconhecidos como os Hope Spot Champions.

Fernando de Noronha abriga duas importantes unidades de conservação: o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Área de Proteção Ambiental (APA). O Parque Nacional funciona como uma zona de proteção integral (no-take), com regras rigorosas, enquanto a APA abriga os moradores da ilha e permite o uso regulado.

Essas medidas protegem um dos hotspots de biodiversidade mais ricos do Atlântico Sul, com cerca de 1,5 mil espécies registradas de fauna e flora — incluindo 250 espécies de peixes recifais, tartarugas marinhas em desova, baleiasjubarte e golfinhos-rotadores. O arquipélago também oferece habitat essencial para 80 espécies de aves, entre elas duas endêmicas: a Cocoruta-de-Noronha (Elaenia ridleyana) e o Sebinho-deNoronha (Vireo gracilirostris).

A designação de Hope Spot servirá como um reforço para redirecionar o foco aos valores da conservação e ampliar a colaboração local, regional e internacional. Os planos para os próximos anos incluem expandir os programas de educação ambiental para crianças e adolescentes, aprimorar os materiais interpretativos nas trilhas e pontos de visitação, e promover a conscientização sobre a importância ecológica, cultural e econômica da conservação por meio de eventos, palestras e oficinas.

Os Champions também enfatizam a necessidade de fortalecer a fiscalização das proteções existentes, garantir recursos adicionais para a gestão e aplicar o modelo Hope Spot como ferramenta técnica no planejamento da expansão das áreas marinhas protegidas atualmente em discussão por órgãos brasileiros.

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Sobre o autor

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, Laura Enchioglo é repórter na PANROTAS, onde entrou como estagiária em 2023. Tem experiência em assessoria de imprensa e na cobertura de economia e finanças.