Prefeitura do Rio de Janeiro

Aconteceu ontem (6), na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca (RJ), a apresentação do plano estratégico de desenvolvimento e do traçado da pista do futuro Parque Autódromo de Guaratiba, no Rio de Janeiro.

O projeto sustentável pretende devolver à cidade um circuito internacional, capaz de receber grandes competições automobilísticas, incluindo a Fórmula 1.

Com investimento privado de R$ 1,3 bilhão, o autódromo ocupará 2% de uma área total de dois milhões de metros quadrados, enquanto os outros 98% serão destinados a um parque ambiental. O complexo terá capacidade para até 120 mil pessoas e as obras devem começar após o licenciamento, previsto para o primeiro trimestre de 2026, e durar cerca de dois anos.

O projeto é desenvolvido por um consórcio liderado pela Genial Investimentos, com gestão inicial da Rock World. A Populous assina o desenvolvimento técnico e conceitual, e a Driven International foi responsável pelo desenho da pista.

A proposta se tornou viável após a sanção da lei que criou a Operação Urbana Consorciada do Autódromo, definindo as diretrizes urbanísticas para a área.

Beth Santos/Prefeitura do Rio

“Esse é um projeto 100% privado, sem uso de recursos públicos. Grandes eventos e equipamentos esportivos fortalecem a economia e geram empregos. Nosso desafio agora é trazer de volta a Fórmula 1, a Fórmula Indy, a motovelocidade e outros eventos que reforcem o caráter internacional do Rio”

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

“Nosso projeto se baseia em cinco pilares: flexibilidade de uso, integração com o entorno, sustentabilidade, alta qualidade esportiva e identidade carioca. Queremos que o autódromo se torne um polo de desenvolvimento para Guaratiba, com respeito total ao meio ambiente e às características naturais da região”, explica o gerente de projetos da Populous, Thiago Nunes.

Sustentabilidade na pista

A pista do Autódromo de Guaratiba terá 4,7 quilômetros, com quatro retas (duas principais paralelas), dez curvas e até 11 configurações possíveis, dependendo da categoria. Para a Fórmula 1, estima-se uma velocidade média de 241 km/h, com 65 voltas de cerca de 1min09s5 cada.

O projeto, elaborado conforme a Lei Complementar nº 273/2024, prioriza a sustentabilidade desde a construção até a operação. Estão previstas instalações de energia solar, iluminação em LED, reuso de água, captação de chuva, pavimentos permeáveis, telhados verdes, jardins de chuva e bueiros ecológicos. Também haverá uma escola no local.

Estrutura para grandes eventos e experiências

Projetado segundo as diretrizes FIA Grau 1 e FIM Grau A, o autódromo poderá sediar as principais categorias internacionais, como WEC, IndyCar e NASCAR, além de campeonatos nacionais e regionais.

O espaço contará com edifícios multifuncionais, Centro de Experiências inspirado em complexos de fabricantes globais, áreas de assentos e camarotes, Turn 10 Club com vista privilegiada, espaços de apoio, lojas, centro médico, mídia center, cozinhas industriais, heliponto e estacionamento geral. Haverá, ainda, estruturas para testes automotivos, como pistas de derrapagem, rampas, travessias e áreas de simulação.

Academia Nacional de Kart

O complexo também abrigará a Academia Nacional de Kart, com pista própria, boxes e área de eventos. O objetivo é formar novos talentos do automobilismo, oferecendo um espaço completo para o aprendizado e a prática do esporte.

Localizado na Zona Oeste, o autódromo terá acesso pelo BRT, incluindo uma nova estação planejada para atender o público dos eventos. O acesso principal será pela Avenida das Américas, com entradas de serviço pela Estrada da Matriz e Estrada da Capoeira Grande. Uma rotatória será construída sob o viaduto da Avenida das Américas para facilitar o fluxo de veículos.

O empreendimento também se beneficia da proximidade com a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, regiões com ampla rede hoteleira e histórico na realização de grandes eventos, como o Rock in Rio e as Olimpíadas de 2016.

Veja, abaixo, o vídeo com detalhes do novo autódromo do Rio de Janeiro: