Dia da Conservação da Natureza: confira áreas naturais mais procuradas pelos brasileiros
Pesquisa da Bulbe Energia indica que o interesse por Unidades de Conservação cresceu 50%

No Dia Mundial da Conservação da Natureza, celebrado neste 28 de julho, dados inéditos da Bulbe Energia, plataforma de energia renovável, mostram que as buscas online pelo termo “unidade de conservação” cresceram 50% no último ano, totalizando mais de um milhão de pesquisas relacionadas.
De fato, esse crescimento não se limita às buscas na internet: segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mais de 25,5 milhões de visitas foram registradas em Unidades de Conservação federais em 2024, um crescimento de 4,9% em relação a 2023.
Essas áreas são regulamentadas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), criado pela Lei nº 9.985/2000, e têm o objetivo de conservar ecossistemas, proteger espécies ameaçadas e preservar paisagens, rios e florestas. Entre suas principais categorias, por exemplo, estão os Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, as Florestas Nacionais, as Áreas de Proteção Ambiental e as Reservas Extrativistas
O levantamento da Bulbe Energia considerou todas essas categorias e analisou os volumes de busca associados a nomes específicos de unidades que aparecem nas pesquisas dos brasileiros. A partir desse cruzamento, foi produzido um ranking com as 15 Unidades de Conservação mais buscadas no último ano, revelando os destinos naturais que mais despertaram o interesse do público. Veja a seguir:
O estado de São Paulo lidera o ranking, com seis Unidades de Conservação entre as 15 mais buscadas, representando cerca de 40% do total de pesquisas.
O destaque é o Parque Estadual da Cantareira (Núcleo Pedra Grande), que acumulou mais de 161 mil buscas no último ano. Localizada na zona norte da capital paulista, a área é um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica em área urbana do mundo. Abriga espécies como o bugio e a onça-parda, e oferece trilhas, cachoeiras, mirantes e ciclorrotas. Criado em 1963, o local integra a Reserva da Biosfera da Unesco e protege as nascentes que abastecem a cidade.
No Rio, que aparece com três unidades, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos é o mais pesquisado. Conhecido por suas trilhas de longa distância, como a travessia Petrópolis-Teresópolis, o parque impressiona pelo visual imponente do Dedo de Deus. Com mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, abriga onças-pardas, bugios, e centenas de espécies de aves e anfíbios.
Outros estados também compõem a lista, como o Piauí, com o Parque Nacional da Serra da Capivara, responsável por preservar sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além da fauna típica da Caatinga, formações rochosas e cânions únicos. Já Goiás é representado pela Chapada dos Veadeiros, que atrai visitantes pelas trilhas, cachoeiras e paisagens do Cerrado. O Maranhão figura com os Lençóis Maranhenses, onde a vegetação nativa divide espaço com lagoas sazonais e dunas, habitat de aves migratórias.

Como visitar uma Unidade de Conservação?
Atualmente, vale lembrar que cada tipo de Unidade de Conservação tem uma finalidade e regras específicas de uso. No caso dos Parques Nacionais, o acesso é permitido ao público, mas de forma controlada, para minimizar os impactos ambientais. Além disso, eles permitem a realização de pesquisas científicas, educação ambiental e turismo ecológico.
Já as Florestas Nacionais têm um uso mais amplo: além da preservação, são voltadas ao manejo sustentável dos recursos naturais. É possível realizar atividades como trilhas, lazer ao ar livre e até manejo florestal. Um exemplo é a Floresta Nacional de Brasília (DF), por trás de mais de 52 mil buscas. O local protege nascentes do Cerrado, abriga espécies como onça, anta, veado, tamanduá-bandeira, macaco, tatu e oferece trilhas para caminhada, mountain bike, yoga e meditação.
Por fim, as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) são as mais flexíveis entre as três. Elas permitem diversos usos como moradia, turismo e produção local, desde que respeitem a conservação ambiental. Um exemplo é a APA Tanquã / Rio Piracicaba, em São Paulo, conhecida como "Mini Pantanal Paulista", que teve quase 48 mil buscas. A região atrai visitantes como onça-parda, o lobo-guará, a jaguatirica e o jacaré-de-papo-amarelo e oferece passeios de barco, trilhas e gastronomia típica com pratos à base de peixe.
É importante lembrar que esses espaços também abrigam comunidades humanas. Dados recentes do IBGE mostram que cerca de 5 milhões de brasileiros vivem dentro de áreas oficialmente protegidas, como Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Ou seja, além de destinos turísticos, essas regiões são também territórios vivos e complexos, o que reforça a importância de práticas de visitação sustentáveis e respeitosas.
As 15 Unidades de Conservação mais pesquisadas pelos brasileiros
Sigla | Unidade de Conservação | Estado | Volume de Buscas |
---|---|---|---|
PE | Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande | SP | 161.400 |
PARNA | Parque Nacional da Serra da Capivara | PI | 127.100 |
PARNA | Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros | GO | 114.600 |
PARNA | Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses | MA | 112.000 |
PE | Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna | PA | 96.300 |
PARNA | Parque Nacional da Serra dos Órgãos | RJ | 93.100 |
PE | Parque Estadual da Pedra Branca | RJ | 77.700 |
PNM | Parque Natural Municipal Estoril | SP | 62.470 |
PE | Parque Estadual da Serra do Mar | SP | 59.600 |
PNM | Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu | RJ | 56.100 |
PE | Parque Estadual Juscelino Kubitschek | MG | 53.800 |
FLONA | Floresta Nacional de Brasília | DF | 52.400 |
PE | Parque Estadual do Jaraguá | SP | 51.900 |
APA | Área de Proteção Ambiental Tanquã / Rio Piracicaba | SP | 47.880 |
PE | Parque Estadual do Juquery | SP | 44.900 |