Marcos Martins   |   24/04/2019 13:56

Hotéis da América Latina terão "crescimento generalizado"

Balanço da Hotelaria Mundial e Brasileira revela números do setor em 2018 e tendências para este ano, que são positivas para o Brasil


Marcos Martins
Patricia Zulato, Patricia Boo e Laura Rodríguez, da STR
Patricia Zulato, Patricia Boo e Laura Rodríguez, da STR
A hotelaria latino-americana pode esperar por melhores resultados em 2019, segundo o Balanço da Hotelaria Mundial e Brasileira, divulgado pela STR. A empresa fornece dados de benchmarking e insights para o setor de hospitalidade global, sendo que no Brasil contempla 624 hotéis e mais de cem mil quartos. Globalmente são 62 mil hotéis e 8,2 milhões de quartos na plataforma.

“Em 2019 a tendência é de crescimento generalizado na América Latina. No ano passado, a hotelaria global fechou de maneira relativamente positiva. Em termos regionais, os Estados Unidos e a Europa continuam crescendo, com uma pequena desaceleração. Um dos medos é sobre quando vão cair esses números, pois sabemos que, aproximadamente, a cada dez anos há uma crise. Na América Latina, tivemos eleições nas três principais economias, que são México, Brasil e Colômbia, com impacto relativamente pequeno”, explica a diretora para as áreas das Américas do Sul e Central, Patricia Boo.

O balanço revela que a América do Sul teve taxa de ocupação de 57,4% (+3%, diária média de US$ 118 (+25%) e receita por quarto disponível (Revpar) de US$ 68,15 (+28,6%), e o continente observou a demanda superar a oferta. Entre os destinos, destacam-se Lima, Cusco, Santiago e Buenos Aires, com níveis de ocupação entre 65% e 70%.

Sobre o Revpar por países, o Brasil teve alta de 11%, enquanto a Argentina subiu consideráveis 79%. Cresceram também a Colômbia (+5,1%), Chile (+3,1%) e Uruguai (+2,8%), havendo quedas no Peru (-5,9%) e Equador (-2,6%). Ainda sobre este indicativo, cresceram o Norte da África (+27,2%), Europa (+5,2%), África Meridional (+4,8%), América do Norte (+2,9%), Ásia (+1,7%), Austrália e Oceania (+1,6%). No entanto, houve queda no Oriente Médio (-5,7%) e América Central (-1,2%).

Caio Pimenta/ SPTuris
São Paulo deve crescer em todos os indicadores
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CENÁRIO BRASILEIRO
As perspectivas para o Brasil em 2019 são positivas com a recuperação contínua dos principais mercados. No entanto, a bola da vez serão as cidades secundárias e terciárias, fora das grandes capitais. O estudo adianta o impacto positivo a privatização dos aeroportos e liberação de visto para Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália a partir deste ano. Após essas novidades, espera-se um incremento na demanda e resultado dos hotéis.

No Rio de Janeiro haverá retomada da demanda corporativa e São Paulo terá forte crescimento em todos os indicadores, juntamente com a retomada econômica, já que a cidade é considerada um "termômetro" para o mercado brasileiro em geral.

Segundo os dados de pipeline da STR, a previsão é de pelo menos 19 mil novos quartos no Brasil até 2021, sendo 39% na categoria midscale, 20% upper midscale, 14% upper upscale, 13% econômicos, 12% upscale e 2% luxury.

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