Palácio Tangará (SP) aposta em renovação para a retomada

Com atendimento retomado desde a metade de setembro, o Palácio Tangará, que permaneceu de portas fechadas durante a fase mais aguda da pandemia no Brasil, voltou fazendo jus a um compromisso estabelecido quando do fechamento. O hotel de luxo paulistano reabriu intencionalmente diferente, com mudanças que vão de reformas simples ao sofisticado protocolo de retomada elaborado com o Hospital Albert Einstein e culminam na inauguração de uma nova atração, um restaurante com ambiente ao ar livre.

“Em março, quando tomamos a decisão de fechar as portas, ficou decidido que não voltaríamos iguais, que deveríamos fazer algo diferente. E apesar de estarmos abertos apenas há três anos, optamos por um investimento grande, com mudanças grandes e ajustes pequenos. A cereja do bolo veio com a abertura do Pateo do Palácio, que nos tomou meses de trabalho e simboliza essa ideia de voltar com um hotel novo”, pondera o diretor de Vendas e Marketing, Leandro Cassio.

De acordo com o executivo, a ideia de voltar com atmosfera renovada foi entendida pelos investidores do hotel, durante todo o período de inatividade e na volta deram suporte à equipe. O investimento total nesse período chegou à casa dos oito dígitos.

Além das reformas e inaugurações, o aporte para o período contempla o cuidado com os funcionários, a partir da criação de um comitê de crise que ficou atento à situação de toda a equipe, a manutenção de um hotel que ficou sem atender e a criação de um protocolo rígido que, na volta, fosse capaz de gerar bem estar aos colaboradores e segurança aos hóspedes.

“Tivemos que mudar o jeito de fazer as coisas, inclusive na linha de processos. A partir do protocolo estabelecido com o Albert Einstein trouxemos novos produtos novos, novas tecnologias e equipamentos para que o back office funcionasse de maneira tão segura quanto o atendimento que prestamos”, pontua Cassio.

Testes para todos os colaboradores e treinamentos também são parte do cálculo para a volta. De acordo com o diretor, todos os funcionários passaram por testes PCR para covid-19 e passaram por treinamentos, tanto do hospital parceiro como com a equipe de RH, para que as limitações do momento não afetassem a qualidade do atendimento.

Os processos e o trabalho têm surtido efeito, de acordo com o executivo. A ocupação e os resultados financeiros começam a voltar. “Em setembro optamos durante 14 dias e o resultado foi satisfatório, acima da média dos hotéis de luxo em São Paulo. Em outubro projetamos ter um incremento de receita em relação ao mesmo período no ano passado”, diz.

PROXIMIDADE COM O MERCADO
O nível positivo dos resultados alcançados até aqui pode ser atribuído à postura próxima que o hotel adotou com seus parceiros. Segundo avalia o gestor, permanecer próximo de agentes de viagens, operadoras e demais parceiros B2B fizeram a diferença nesse momento.

“Durante a pandemia, tomamos a decisão de falar muito com o agente de viagens, com parceiros do segmento luxury e com empresas que já trabalham conosco para entender como o cliente toparia essa volta. Nesse mesmo período, lá por maio, lançamos uma campanha com vouchers em datas comemorativas que poderiam ser usadas até seis meses depois que o hotel voltasse a funcionar”, conta Cassio. “Nessa época foram vendidos 1,2 mil vouchers e depois que o hotel voltou ainda vendemos mais 300”.

“Quando o diálogo está aberto e a gente entende o que o cliente quer comprando seu produto, tudo fica mais fácil”, reforça.

MAIS NOVIDADES
Na programação atual do hotel, o restaurante Pateo do Palácio tem boa participação. O espaço, que tem na gastronomia mediterrânea e contemporânea seu forte, tem música ao vivo a partir das 15h até o fim da noite de quinta-feira a domingo. Há também chá da tarde todos os dias e brunch aos domingos.

No atendimento de wellness, o hotel agora tem gazebos nas áreas mais arborizadas para atendimentos de serviços de spa.