Rodrigo Vieira   |   07/12/2022 13:27
Atualizada em 07/12/2022 13:29

Accor comemora 2022 no Brasil: "nosso melhor ano na história"

CEO Thomas Dubaere mostra por que este foi um ano de retomada plena depois do baque da pandemia


PANROTAS / Rodrigo Vieira
Thomas Dubaere, CEO da Accor
Thomas Dubaere, CEO da Accor

Um ano histórico para a Accor no Brasil e na América do Sul está em sua reta final. Após primeiros meses desafiadores devido às ameaças da pandemia, a rede hoteleira teve, a partir de abril, um 2022 memorável, de recorde em praticamente todos os indicativos, demonstrando aos investidores um caminho positivo para seguir confiando no grupo hoteleiro líder em número de hotéis no País. Esse é o balanço feito pelo CEO da Accor na América do Sul, Thomas Dubaere.

"A volta efetiva dos eventos foi o principal fator responsável pela nossa retomada neste ano. Os eventos trazem uma receita importante e impactam positivamente o lazer e o corporativo. Estamos felizes em apontar que 2022 foi o melhor ano da Accor na América do Sul em toda sua história, isso depois de dois anos de pandemia. Essa solidez demonstra aos investidores que o Brasil é atrativo em todos os segmentos e deixa uma mensagem otimista para os próximos anos."

Dubaere conta que no terceiro trimestre de 2022 o Brasil fez 29% de RevPar acima do mesmo período de 2019, e em toda América do Sul esse índice foi de 37% de superação do ano pré-pandemia. Com uma taxa de ocupação média praticamente igualada com 2019, a alta no RevPar se dá sobretudo ao aumento do tíquete médio, por conta da inflação e da necessidade de recuperar a margem para os investidores. Os indicadores mostram desempenho positivo, mas que pode ser melhor, sobretudo se o País melhorar a atratividade internacional.

"Nossos hóspedes no Brasil vêm 95% do fluxo doméstico. Isso é positivo, mas também é desafiador para nós, pois o internacional tem de crescer. As pessoas de fora da América do Sul têm de vir ao Brasil e ver como o país é um destino completo. Temos de instigar isso", avalia o belga, acrescentando que a Accor busca fazer sua parte e mostrando a confiança no mercado brasileiro.

"Temos 14 marcas no País, do econômico ao luxo, de resorts a marcas lifestyle, com destaque para a abertura do Jo&Joe no Rio de Janeiro. Temos um pipeline importante no lifestyle e novidades serão anunciadas em seu tempo."

Na América do Sul, 21 hotéis foram abertos de janeiro até aqui, dos quais 14 no Brasil. Para o ano que vem, a meta é abrir pelo menos 17, mas esta é uma previsão cautelosa e segundo o CEO pode haver mais inaugurações. Hoje são mais de 300 no Brasil, país onde a Accor lidera em crescimento, superando a soma do segundo e terceiro colocados, também de acordo com Dubaere.

NOVA MANEIRA DE PENSAR A HOTELARIA
A crise provocada pela covid-19 foi devastadora em todos os segmentos do Turismo, mas a pandemia encorajou a Accor e repensar a maneira de trabalhar. "Adaptamos vários hotéis corporativos para receber hóspedes de lazer com ambientes diferenciados. Essa nova maneira de pensar foi a oportunidade para hotéis abrirem as portas e se incorporarem na comunidade", afirma Dubaere.

Outro exemplo de convivência nos hotéis Accor é a criação da Wojo, marca de coworking criada recentemente pela rede. Dubaere diz que ainda é cedo pra falar sobre a receita direta do Wojo, mas o impacto indireto da convivência de profissionais nos hotéis é fundamental. "Wojo enche lobby, enche restaurante, áreas comuns e de lazer do hotel. São espaços que ficariam fechados se não fossem esses profissionais do coworking."

Por fim, o CEO fala da cada vez mais importante receita do programa de fidelidade ALL no Brasil e sobre o foco da companhia nos pilares ESG. "Cerca de 60% da receita com reservas da Accor vem de clientes do ALL, o que é algo muito bem visto pelos investidores", ele conclui.

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