Rodrigo Vieira   |   13/02/2023 17:44

Lummertz: Grupo Leceres dobrará de tamanho já em 2023

Chairman da antiga GJP fala em mais aquisições e em criatividade para trilhar o rumo do crescimento


PANROTAS / Emerson Souza
Vinicius Lummertz, presidente do Conselho do Grupo Leceres
Vinicius Lummertz, presidente do Conselho do Grupo Leceres

Novo presidente do conselho do Grupo Leceres, Vinicius Lummertz está animado com as possibilidades de crescimento da rede hoteleira de lazer, antiga GJP Hotels. Ele afirma que a meta da empresa é dobrar de tamanho ainda em 2023, e vários são os caminhos possíveis para que isso aconteça. Ir ao mercado atrás de aquisições é só um deles.

A confiança principal vem da própria percepção que a gestora R Cap teve quando escolheu a empresa de Guilherme Paulus para transformá-la em Grupo Leceres, isto é, "uma companhia com marcas relevantes, como a Wish, e ativos de altíssima qualidade, entre a tradição de algumas propriedades e a modernidade de outras".

Hoje, o Grupo Leceres tem dez hotéis distribuídos nas bandeiras Wish, Prodigy, Linx e Marupiara, e entender essa diversidade é o primeiro passo para uma grande expansão. "Temos indicativos de caminho de expansão, os quais estamos discutindo internamente e aparecerão mais para frente. Eles contemplam melhoramento do que já existe, além da criação de alternativas inovadoras, ideias densas de forma de comercialização, como propriedade compartilhada, time share, clubes de naturezas diferentes. Tudo vai ser estudado, com a crença de que esse é um dos maiores mercados domésticos do mundo, mas ainda com potencial pequeno do seu desenvolvimento", afirma Lummertz.

Com anos de experiência na gestão pública no Turismo, o ex-ministro, ex-presidente da Embratur e, mais recentemente, ex-secretário estadual em São Paulo, afirma que as macrotendências jogam a favor da hotelaria de lazer no Brasil, o que justifica a sede de crescimento e a estratégia de mais aquisições do Grupo Leceres.

"Pretendemos dobrar nossa capacidade hospitaleira por meio de aquisições, mas esse não é o único modelo com o qual podemos expandir. Usar nossa máquina de reserva para vender time share nas nossas e em outras propriedades é algo que está sobre a mesa. Minha função é fazer esse planejamento junto com os executivos e consultores externos para discutirmos as melhores formas de fazer essa projeção, para 2024, 2025, 2026 e os próximos anos, então haverá mais do que a compra de hotéis, como aconteceu na primeira etapa, com a compra da GJP."

Existe potencial, demanda, desejo e produtos bons no Brasil, em sua visão, e isso se alia ao fato de que o brasileiro "descobriu" ainda mais o País durante a pandemia. "O brasileiro está perdendo a estigma de que a hotelaria doméstica é cara. Uma diária média em um bom resort aqui é em torno de US$ 100, o mesmo que se paga no Exterior, com qualidade melhor ou equivalente, afirma o chairman, que faz a ressalva: o rumo do sucesso no Brasil só será trilhado se o ambiente de negócios for facilitado.

"A nova gestão do Turismo no poder público tem de dar continuidade às melhorias que foram feitas nos últimos anos e ir além para que o setor privado tenha condição de atuar e ajudar a economia. Problemas antigos no Brasil, como essa percepção de preço, sempre foi um problema. A pandemia ajudou a mostrar que a qualidade da hotelaria e dos serviços aqui é alta."

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