Hotelaria ainda opera "no escuro": 1 em cada 4 hotéis tem baixa maturidade digital
Apenas 48% dos hotéis utilizam ferramentas de analytics para definir tarifas e políticas comerciais

A digitalização do setor hoteleiro voltado ao mercado corporativo apresenta defasagens significativas que impactam custos e governança nas empresas. Segundo o relatório Tendências para Viagens e Meios de Pagamento, da Paytrack, 23% dos hotéis operam com maturidade digital considerada baixa, enquanto apenas 48% utilizam ferramentas de analytics para definir tarifas e políticas comerciais.
A ausência de dados estruturados compromete a previsibilidade de custos, reduz margens de negociação e aumenta o risco de inconsistências em contratos corporativos, segundo a pesquisa.
A baixa integração tecnológica entre hotéis e empresas contratantes dificulta processos de auditoria e compliance. Sem registros digitais consistentes, divergências tarifárias se tornam mais frequentes e acordos corporativos perdem eficiência ao longo do tempo.
Para gestores de mobilidade e áreas de procurement, a falta de rastreabilidade digital resulta em custos menos controláveis e maior dificuldade para comprovar aderência às políticas internas de viagem.
"Quando o hotel opera com dados confiáveis, a conversa deixa de ser baseada em percepções e passa a ser guiada por indicadores reais", afirma Pedro Góes, CEO da Paytrack. Segundo ele, o uso de analytics aumenta a transparência e permite "construir contratos mais sustentáveis para os dois lados".
O relatório aponta que, diante do aumento da frequência de viagens corporativas e da pressão por redução de custos, empresas que se conectam a fornecedores com infraestrutura digital avançada obtêm ganhos em eficiência e governança.