Filip Calixto   |   12/12/2022 10:06 Atualizada em 12/12/2022 10:10

Royal Caribbean no Brasil é questão de quando, diz CEO da R11

Ricardo Amaral, da R11, acredita na volta dos cruzeiros Royal Caribbean à costa brasileira

Longe da costa brasileira desde 2016, quando o Rhapsody of the Seas esteve por aqui, a Royal Caribbean tem possibilidades cada vez maiores de voltar ao Brasil, o que resta agora é saber quando. É nisso que acredita o CEO da R11 Travel – empresa que representa as marcas da armadora em solo nacional –, Ricardo Amaral. De acordo com o executivo, o retorno da empresa é questão de tempo.

PANROTAS / Filip Calixto
Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, acredita na volta dos cruzeiros Royal Caribbean à temporada brasileira
Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, acredita na volta dos cruzeiros Royal Caribbean à temporada brasileira
"Acredito que é uma questão de quando. Ainda temos alguns entraves que são estruturais, sobretudo no âmbito tributário, mas o Brasil é um grande destino, tanto para o próprio brasileiro como também para os estrangeiros", revela Amaral, que, na semana passada, conversou com o Portal PANROTAS, na viagem de lançamento do Wonder of the Seas pelo Caribe.

"Enquanto essa volta não acontece, seguimos sendo importantes emissores. O Brasil é hoje um dos principais clientes da Royal Caribbean no mundo e a R11 Travel segue liderando o mercado da região, tanto em volume como também em qualidade de vendas", acrescenta o CEO.

Para destacar ainda mais a importância do Brasil como emissor para a armadora, Amaral lembrou alguns índices. Citando uma recente pesquisa da Clia Brasil, o diretor apontou que os cruzeiros da Royal Caribbean são o destino de 50% do público brasileiro que viaja de cruzeiro no Exterior. "Também é interessante perceber que os brasileiros que viajam conosco procuram quase sempre cabines com varanda, o que demonstra resiliência em termos de preço, mesmo considerando câmbio adverso", argumenta.

São, segundo informa o executivo, em média, de 30 a 50 mil viajantes brasileiros que se hospedam e viajam anualmente em cruzeiros da marca. E isso mesmo com aumento significativo nos preços de pacotes. De acordo com Amaral, na comparação 2019 e 2022, os preços de pacotes da companhia subiram aproximadamente 58%. Mesmo assim, o índice de vendas permanece estável. "O navio hoje, comparado a outro tipo de viagem tradicional, tem se mostrado extremamente vantajoso financeiramente", justifica o dirigente.

NOVIDADES SÃO TENDÊNCIA
Amaral também fez uma análise do comportamento de consumo do brasileiro e afirmou que há uma tendência dos viajantes do Brasil a buscar novidades e lançamentos. Sendo assim, a bola da vez é o Wonder of the Seas, que seguirá navegando pelo Caribe até 2024, e as embarcações da classe Icon, que ainda não estrearam, mas já têm vedas abertas.

"O brasileiro sempre busca o navio mais novo, mas todos da classe Oasis têm sido bem procurados. O Icon, que começou a ser vendido, também tem despertado muito interesse", sustenta.

PANROTAS / Filip Calixto
Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean, ao lado de Ricardo Amaral, no Wonder of the Seas
Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean, ao lado de Ricardo Amaral, no Wonder of the Seas
BRASIL EM DEBATE
Além de ser abordada pelo CEO da R11 Travel, a possível volta da Royal Caribbean ao Brasil também foi tratada por executivos da empresa. Provocado por perguntas de convidados no lançamento do Wonder of the Seas, o CEO da empresa, Michael Bayley, reforçou que os impostos são um problema a ser superado.

Alguns meses atrás, no Fórum Clia Brasil, em Brasília, o vice presidente de Relações Governamentais para América Latina e Caribe na Royal Caribbean Cruises, André Pousada, comentou que esse regresso não deve ocorrer, pelos menos, nos próximos quatro anos. Segundo ele, o planejamento de destinos é feito com bastante antecedência e, por ora, o Brasil não está nas conversas da empresa.

Também de acordo com Pousada, mesmo que os cruzeiros no Brasil não estejam na pauta atual, nada impede que isso não possa acontecer em breve.

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