A Norwegian Cruise Line divulgou ontem (1) o balanço com resultados financeiros do quarto trimestre e do ano completo de 2022, além das perspectivas para 2023. O principal destaque do relatório é a constatação de um prejuízo líquido anual superior a US$ 2 bilhões e perda líquida ajustada de US$ 1,9 bilhão, além da retração no índice de LPA (Lucro por Ação), que passou de US$ 12,33 em 2021 para US$ 5,41 no último ano. Esses índices simbolizam, em linhas gerais, diminuição de prejuízo em relação aos últimos anos, quando a companhia teve de lidar com os efeitos da pandemia que paralisaram as operações.

O boletim informa ainda que a despesa operacional total de cruzeiros aumentou na comparação dos dois anos, devido à retomada contínua das viagens. Esse crescimento resultou em maior folha de pagamento, combustível e custos variáveis diretos de navios em plena operação, em comparação com o ano anterior, quando apenas 16 navios retornaram ao serviço. Os custos também foram impactados pelas pressões inflacionárias.

O preço do combustível por tonelada métrica, líquido de hedges, aumentou para US$ 755 frente aos US$ 737 de 2021. A empresa relatou despesas com combustível de US$ 183 milhões no período.

Sobre o quarto trimestre, que foi o último indicativo apontado de 2022, a empresa informa que o prejuízo líquido foi de US$ 482 milhões e LPA de US$ 1,14 em comparação com o prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão e LPA de US$ 4,01 no mesmo período do ano anterior.

Já a receita gerada no período aumentou para US$ 1,5 bilhão em comparação com US$ 487,4 milhões no quarto trimestre de 2021. Esse crescimento é atribuído ao aumento gradual das viagens de cruzeiro.

"O ano de 2022 foi um ano agitado, pois concluímos com sucesso nossa Grande Volta à Navegação que se estendeu por quase um ano, recebemos nosso mais novo navio Norwegian Prima em nossa frota de classe mundial e alcançamos vários marcos importantes em nossa recuperação financeira pós-pandemia", disse o presidente e diretor executivo da Norwegian Cruise Line Holdings, Frank Del Rio. "Agora estamos totalmente focados no futuro e estamos tomando ações deliberadas e estratégicas para melhor posicionar a empresa para seu próximo capítulo", completa.

PANORAMA 2023

Já projetando os principais números deste ano, a companhia informa que espera que a ocupação média seja de aproximadamente 100% no primeiro trimestre em toda a frota.

A marca também projeta aumento de 19% na capacidade de atendimento, já considerando a entrega de três novos navios este ano. São eles: Vista, da Oceania Cruises, Norwegian Viva, da NCL, e Seven Seas Grandeur, da Regent.

A diária líquida deve aumentar na faixa de de 8% a 10% em relação a 2019, antes da pandemia. O rendimento líquido deve aumentar na faixa de 4% a 6% conforme relatado.