Pedro Menezes   |   07/10/2025 09:28

Temporada de cruzeiros 2025/2026 expõe gargalos e oportunidades, diz Conselho da OAB

Conselho da OAB diz que setor enfrenta redução de oferta, falta de infraestrutura e insegurança jurídica

Divulgação/Pier Mauá
Para 2025/2026 se projeta uma retração: dois navios a menos na costa brasileira, redução de cerca de 20% na oferta de leitos e impacto econômico negativo de até R$ 1,2 bilhão
Para 2025/2026 se projeta uma retração: dois navios a menos na costa brasileira, redução de cerca de 20% na oferta de leitos e impacto econômico negativo de até R$ 1,2 bilhão

A temporada de cruzeiros 2025/2026 deve movimentar milhares de turistas pelo Brasil, mas também escancara desafios estruturais que podem limitar o potencial do segmento. É o que diz a Comissão Especial de Direito do Turismo, Mídia e Entretenimento do Conselho Federal da OAB.

Entre 26 de outubro de 2025 e 19 de abril de 2026, o Porto de Santos, por exemplo, projeta a passagem de 320 mil passageiros e 14 embarcações, sendo cinco com escalas regulares e nove em trânsito, segundo o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais).

“Falta infraestrutura portuária adequada, segurança jurídica nos contratos e políticas de incentivo à cabotagem. Se resolvermos esses gargalos, podemos multiplicar a movimentação e consolidar o Brasil como destino de destaque na América do Sul”

Advogado e presidente da Comissão Especial de Direito do Turismo, Mídia e Entretenimento do Conselho Federal da OAB, Marco Antonio Araujo Jr

O alerta vem após uma temporada histórica em 2024/2025, quando o setor movimentou R$ 5,43 bilhões no Brasil, gerando 84,6 mil empregos e R$ 577,4 milhões em tributos, segundo estudo da Clia Brasil em parceria com a FGV. No entanto, para 2025/2026 já se projeta retração: dois navios a menos na costa brasileira, redução de cerca de 20% na oferta de leitos e impacto econômico negativo de até R$ 1,2 bilhão.

Entre os gargalos apontados estão o alto custo operacional, a defasagem de terminais portuários e a ausência de políticas de longo prazo para atrair companhias marítimas.

“O Turismo de cruzeiros é um motor econômico poderoso, que pode gerar emprego, renda e visibilidade internacional. Mas para avançar, precisamos alinhar esforços públicos e privados em torno de infraestrutura, sustentabilidade e regras claras de operação”, conclui Marco Antonio.

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.