Diversidade e nostalgia: show de Hércules no Disney Destiny é releitura vibrante
Com elenco diverso, espetáculo traz uma história repaginada da animação clássica dos anos 1990

DISNEY DESTINY – Com o tema heróis e vilões, o Disney Destiny, sétimo navio da frota da Disney Cruise Line, recém-batizado em Fort Lauderdale, tinha um vasto universo de possibilidades para seu espetáculo assinatura.
Entre tantas narrativas marcantes, "Hércules" (1997) se destacou naturalmente: a história do jovem semideus que descobre sua verdadeira origem e precisa provar seu valor, passando por provações e enfrentando monstros, conversa diretamente com a proposta do navio.
A PANROTAS assistiu ao show em primeira mão a bordo do navio. (E aqui, uma breve confissão da coordenadora: nascida nos anos 1990, sempre tive "Hércules" como uma das minhas animações favoritas.) Ainda assim, a montagem surpreende por méritos próprios – é divertida, leve, atual e cheia de frescor. O elenco, intencionalmente diverso, reforça o cuidado da DCL em criar um entretenimento inclusivo e alinhado ao momento cultural atual.
Tivemos a oportunidade de entrevistar Michael Serna, diretor executivo criativo da Disney Live Entertainment, que conta que a ideia era revisitar a história do herói de forma totalmente nova. “Hércules já foi feito diversas vezes, por isso queríamos repensar essa narrativa. E com o Disney Destiny tendo a temática de heróis e vilões, fez todo o sentido trazer essa história, que conta a trajetória de ‘zero a herói’”, afirmou.

Serna explica que a equipe não queria simplesmente reproduzir o filme – já que ele pode ser assistido a qualquer momento. Para isso, trouxe os diretores Kevin e Marcel Wilson, com experiência em shows de pop, rock e em vídeo, imprimindo frescor e autenticidade à montagem.
“Pedimos que desafiassem a equipe – e nós a eles. Queríamos algo que remetesse ao que amamos no filme, mas que ao mesmo tempo fosse moderno e inesperado"
Michael Serna, diretor executivo criativo da Disney Live Entertainment
Espetáculo com diversidade
A diversidade foi outro pilar estratégico da criação. Em vez de buscar atores fisicamente semelhantes às animações, o foco foi reunir os melhores intérpretes.
“A pergunta não era ‘parece com o Hércules do filme?’, mas sim: ‘é um artista incrível capaz de dar vida a esse papel em uma versão contemporânea?’ Isso nos permitiu criar algo nostálgico, mas também totalmente novo”, destacou Michael Serna.
Tecnologia de ponta dão grandeza ao show
No palco, a produção aproveita ao máximo os recursos do recém-inaugurado teatro de 1,2 mil lugares do Disney Destiny. Tecnologias de projeção que extrapolam o palco, cenários dinâmicos, bonecos em grande escala e uma ambientação envolvente ajudam a transportar o público pelas diferentes localidades da história.

“A equipe criativa usou tudo o que o teatro oferece para torná-lo mais imersivo. Os designers de vídeo ampliam a ação para dentro da plateia, o time de marionetes dá vida a monstros gigantes (os Titãs do filme), e o cenário se transforma constantemente”, explicou Serna.
O espetáculo é uma verdadeira carta de amor aos anos 1990, segundo ele (e eu mesma que escrevo esse texto. Para mim foi nota 10). Tanto no espírito quanto na música. A produção levou cerca de três anos e meio para ser desenvolvida, enquanto o elenco atual ensaiou por mais de dois meses até a estreia oficial nesta temporada inaugural do Disney Destiny.
Ser você mesmo
O ator que interpreta Hércules no musical, Corey Bradford, aponta justamente a liberdade que teve de ser ele mesmo. Sua preparação para o papel foi guiada pela autenticidade. Em entrevista à PANROTAS, ele conta que o processo criativo o incentivou a imprimir sua própria identidade ao herói clássico.

“A equipe queria ver a minha versão do personagem – como eu canto, como eu danço, como conto essa história. Isso me deu segurança para ser honesto e verdadeiro em cena”, afirma
Bradford acredita que essa liberdade contribui para que o espetáculo dialogue mais profundamente com o público. “Quando posso ser eu mesmo, o público sente. A nossa mensagem é justamente essa: ser você é o suficiente. Se as pessoas saírem do teatro inspiradas a serem autênticas, já cumprimos nossa missão.”
Empolgado com o novo Disney Destiny, o ator revela que o Grand Hall, que traz a estátua do Pantera Negra, é sua área favorita. O lustre, o show de luzes, a sensação de estar no epicentro do vibranium… tudo é muito criativo e imersivo. E a estátua do T’Challa é impressionante; parece que vai ganhar vida a qualquer momento”, brincou.
O Portal PANROTAS viaja a convite da Disney Cruise Line, com proteção Hero Seguros