Da Redação   |   22/06/2022 13:23   |   Atualizada em 22/06/2022 13:49

Experiências: não basta ver, turistas querem ser "participantes"

O CEO da Arival, Douglas Quinby, passou esta mensagem aos participantes do Fórum PANROTAS 2022

Maria Izabel Reigada, especial para o Portal PANROTAS


Atenção com a "melhor parte da viagem". Esse foi o alerta que o CEO da Arival, Douglas Quinby, passou aos participantes do Fórum PANROTAS em sua apresentação sobre o futuro das viagens. Para ele, a indústria debate frequentemente temas como aviação, hospedagem e distribuição, deixando de lado o que ele classificou como "a melhor parte da viagem": as experiências.

PANROTAS/Gute Garbelotto
Douglas Quinby, CEO da Arival
Douglas Quinby, CEO da Arival
"Vejam em seus celulares qual é a última foto de viagem que vocês têm? Não é dentro do avião ou de um quarto de hotel arrumado. Possivelmente é fazendo um passeio ou com um grande cenário de fundo", disse.

Quinby questionou o papel que as experiências – passeios, atrações, atividades, eventos – têm no momento da reserva e aquisição da viagem. "Embora o que mais importe sejam as coisas que vemos e fazemos, como indústria, quando pensamos em experiências, falamos em ancillaries, extras, acréscimos", alertou. "Elas entram depois que você vendeu as 'coisas importantes', como a passagem e o hotel", acrescentou. Entendendo que o transporte e a hospedagem são partes fundamentais da viagem, ele destacou que a mesma relevância deveria ser dada às experiências.

Para "convencer" os profissionais de Turismo sobre essa relevância, Quinby destacou alguns números do mercado de experiências, que movimentou mais de US$ 254 bilhões em 2019, antes da pandemia. O painelista mencionou ainda as dificuldades encontradas na distribuição desses produtos, que não têm uma "categoria específica de viagem", muitas vezes não utiliza tecnologia, sendo um segmento pequeno e altamente fragmentado.

Ainda assim, o CEO da Arival alertou para o fato de que já há marketplaces comercializando esses serviços, mencionando empresas como Fever, Roller, Easol e Kkday. "Parecem desconhecidas? Mas talvez vocês conheçam uma outra, o Google. O Google criou o 'Google Things to Do' e nele você acha uma ampla variedade de experiências sendo comercializadas." Para ele, é fundamental que os agentes e operadores informem-se sobre as experiências que seus passageiros podem fazer nos destinos visitados, incluindo opções em suas prateleiras.

"Entendam, ainda, que os viajantes não querem apenas ver. Ver já não basta. Eles querem participar. Os antigos turistas são hoje participantes, esse é o futuro das experiências nas viagens", concluiu Quinby, destacando a necessidade de oferecer meios para que os viajantes participem de eventos e atividades na localidade visitada.


O Fórum PANROTAS acontece nos dias 21 e 22 de junho, no Centro Fecomercio de Eventos em São Paulo, e conta com a aliança institucional da CNC e o patrocínio da Accor, Aerolineas Argentinas, Air Europa, Ancoradouro, AquaRio, Visit Argentina, Aviva, BWH Hotel Group, Coris Seguro Viagem, CVC Corp, Delta Air Lines, Easy Travel Shop, Elo, Enjoy Hotéis & Resorts, FecomercioSP, Fortaleza, Gol Air France KLM, GTA Assist, Iberostar Hotels & Resorts, Latam, Localiza, Mato Grosso do Sul, Mondiale Operadora, Movida, Omnibees, R1 Audiovisual, Royal Palm Hotels & Resorts, Sabre, Sebrae, Sheraton São Paulo WTC Hotel, Tes Cenografia, Viagens Promo, Villa Blue Tree, Visite São Paulo e apoio da Goya by Copastur, Hyper English, Rio CVB, Shift, Tour House e TRVL Lab.

Tópicos relacionados