Laura Enchioglo   |   29/05/2023 12:45

Veja quais destinos ainda têm restrições ligadas à covid-19

Dezessete países exigem vacinação como condição de entrada para viajantes

Gatwick Airport
Estudo da Organização Mundial do Turismo traz resumo da pandemia e restrições a destinos
Estudo da Organização Mundial do Turismo traz resumo da pandemia e restrições a destinos
Atualmente, quase todos os destinos ao redor do mundo suspenderam restrições de viagem relacionadas à covid-19. Em março deste ano, apenas 17 destinos ainda exigiam a vacinação como condição de entrada no país. É o que revela um estudo da Organização Mundial do Turismo (OMT).

São eles:
Angola, Guiné Equatorial, Kiribati, República Democrática Popular do Laos, Libéria, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Niue, Palau, Papua Nova Guiné, Filipinas, Ilhas Salomão, Tokelau, Tonga, Turquemenistão e Tuvalu.

"O fim das restrições de viagem da covid-19: Resumo das descobertas dos relatórios de restrições de viagem relacionadas à covid-19" destaca as principais conclusões dos onze relatórios publicados pela Agência Especializada das Nações Unidas para o Turismo sobre o assunto.

RELEMBRANDO O PASSADO

O pico de restrições de viagens relacionados à pandemia de covid-19 aconteceu em maio de 2020, quando 75% de todos os destinos do mundo tiveram suas fronteiras completamente fechadas, levando o Turismo internacional quase a uma paralisação.

Observando essas restrições de forma mais profunda, o relatório aponta que em setembro de 2020, uma proporção maior (79%) das economias avançadas havia diminuído as restrições, deixando 21% com o fechamento total das fronteiras. Em contraste, as economias emergentes suspenderam as restrições de viagens com mais cautela (47%), com metade mantendo o fechamento total das fronteiras.

Em novembro de 2021, já com a vacinação em andamento, 20% dos destinos a nível mundial ainda tiveram as suas fronteiras totalmente fechadas ao Turismo internacional. A análise demonstrou que a maioria (58%) dos destinos que mantinham o fechamento total das fronteiras apresentava taxas de vacinação inferiores a 37% da população.

ANALISANDO O PRESENTE

Em 2023, o movimento de "afrouxamento" das medidas contra a covid-19 no Turismo se dão em um cenário diferente do encontrado em 2020. Agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que a covid-19 é um problema de saúde estabelecido e contínuo, que não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

O secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, disse: "Nós parabenizamos a decisão da OMS de encerrar o status de emergência para a covid-19. Este é um sinal importante e um momento para recuar e refletir sobre como podemos superar os desafios apenas de maneira colaborativa. Devemos garantir que aprendamos as lições desta fase da pandemia, incluindo as restrições de viagens. Este novo relatório da OMT ajudará nessa empreitada e será mais um marco nas ações da OMT que orientaram o setor nesses tempos sem precedentes."

Nesse sentido, segundo a OMT, os 17 países que ainda pedem a vacinação para entrada no destino estão em desacordo com as disposições do Regulamento Sanitário Internacional ou com as atuais recomendações temporárias da OMS.

OLHANDO PARA O FUTURO

Observando as vulnerabilidades expostas pela pandemia, a OMT enfatiza a necessidade de uma reavaliação abrangente das restrições de viagens, estratégias de recuperação e a intrincada interação entre os setores de meio ambiente, saúde e Turismo.

"À medida que o mundo avança, uma abordagem multifacetada que incorpore governança, saúde, meio ambiente e cultura será crucial para enfrentar os desafios futuros e construir uma indústria mais resiliente e sustentável", aponta o relatório da Organização.

Ainda, segundo o relatório, é importante que o Turismo priorize a sustentabilidade, a resiliência e a inclusão a longo prazo, levando em conta desafios globais como a mudança climática, e potenciais futuras pandemias.

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