OMS decreta o fim da emergência de saúde da covid-19
Segundo os especialistas do órgão, o vírus não representa mais uma ameaça sanitária internacional
"Durante a sessão deliberativa, os membros do Comitê destacaram a tendência decrescente nas mortes por covid-19, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva relacionadas à doença e os altos níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2. A posição do Comitê tem evoluído nos últimos meses. Embora reconhecendo as incertezas remanescentes postadas pela evolução potencial do SARS-CoV-2, eles aconselharam que é hora de fazer a transição para o gerenciamento de longo prazo da pandemia de covid-19", diz a organização.
O diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, determinou, ainda, que a covid-19 é agora um problema de saúde estabelecido e contínuo que não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC).
No entanto, ele reforça que o anúncio de hoje não significa que o vírus desapareceu. Ainda há mortes causadas por ele. Portanto, de acordo com o dirigente, os governos precisam fazer uma transição para a normalidade, mas sem abandonar o monitoramento da doença.
HISTÓRICO
A crise global de saúde causada pelo coronavírus começou há pouco mais de três anos, no final de 2019, e foi a maior pandemia dos últimos 100 anos. A emergência havia sido decretada no final de janeiro de 2020, quando um pouco mais de 100 casos haviam sido registrados. Até então, nenhuma morte causada pelo vírus tinha sido oficialmente declarada.Desde o início da pandemia, pelos cálculos da OMS, cerca de 20 milhões de pessoas morreram pela covid-19 globalmente. De acordo com dados oficiais, este número é bem abaixo, de 7 milhões, sendo mais de 700 mil no Brasil.
IMPACTO NO TURISMO
O setor de Turismo foi um dos mais impactados pela pandemia de covid-19. Entre março e agosto de 2020, por exemplo, o Turismo teve de eliminar 470 mil vagas formais, em virtude da queda abrupta da atividade, uma vez que as viagens estavam paralisadas.Segundo dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o segmento acumulou perdas de faturamento de R$ 531,8 bilhões desde o início da crise sanitária.
Agora, vive um momento de forte retomada. Também de acordo com a CNC, o setor apresenta uma superação em 2% do nível de atividade registrado em fevereiro de 2020. Para 2023, a Confederação projeta um crescimento de 2,5% na indústria. E, com o avanço gradativo das receitas, a expectativa é que, a partir de agora, o setor inicie um processo de recuperação dos prejuízos.