Sudeste responde por metade dos intercâmbios de brasileiros no Exterior
Pesquisa Selo Belta 2025 reforça concentração de oportunidades e infraestrutura na região

Quase metade dos intercâmbios realizados por brasileiros no último ano teve origem no Sudeste. O dado, revelado pela Pesquisa Selo Belta 2025, mostra que 49% das experiências internacionais partiram da região, evidenciando seu protagonismo em um mercado que voltou a crescer de forma sólida no pós-pandemia.
De acordo com a pesquisa, as demais regiões aparecem na seguinte ordem: Sul (20%), Nordeste (15%), Centro-Oeste (8%) e Norte (8%). A diferença significativa entre o Sudeste e demais regiões reflete não apenas a maior concentração populacional, mas também o avanço estrutural do setor educacional e de serviços internacionais.
“O Sudeste continua central no mercado de intercâmbios brasileiros: são 49% das experiências internacionais partindo daqui. Esse protagonismo é consequência de fatores como alta densidade populacional, grande oferta de agências credenciadas com o Selo Belta, além de boas conexões aéreas internacionais e forte cultura de mobilidade acadêmica e profissional na região"
Alexandre Argenta, presidente da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio)
Além disso, o Sudeste é o lar de importantes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória que concentram universidades, escolas de idiomas, consulados, centros culturais internacionais e hubs aeroportuários. Esses elementos formam um ecossistema favorável para a internacionalização do ensino e das experiências pessoais e profissionais.
Outro ponto relevante é que a região reúne maior número de famílias com acesso a crédito e planejamento financeiro voltado à educação internacional, o que viabiliza programas de intercâmbio mais robustos e de maior duração. Segundo a Belta, o ticket médio de investimento gira em torno de US$7.238 por pessoa, valor mais acessível em centros com maior poder aquisitivo e opções diversificadas de financiamento.
A oferta no Sudeste é vasta e atende a diferentes perfis: de adolescentes que embarcam para o ensino médio no exterior a profissionais em busca de certificações técnicas ou programas executivos. Além dos tradicionais cursos de idioma, ganham força os programas de high school, graduação, pós-graduação, cursos de curta duração e voluntariado internacional, o que amplia as possibilidades para quem parte da região.
“Os estudantes no Sudeste têm acesso facilitado a agentes experientes, cursos customizáveis e preços competitivos por causa da escala e da concorrência. E esse cenário impulsiona ainda mais a profissionalização do setor, com foco na qualidade, segurança e transparência”
Alexandre Argenta, presidente da Belta