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O tempo de espera para o visto americano no Brasil mais que dobrou em um ano e voltou a ultrapassar os 50 dias. A média nacional chega a 57 dias neste mês de outubro, o dobro do registrado no mesmo período de 2024, segundo levantamento da Viva América, empresa de assessoria imigratória para os Estados Unidos.

Neste caso, São Paulo lidera o ranking entre os consulados brasileiros e está entre os cinco postos que mais emitem vistos no mundo, atrás apenas de Monterrey, Bogotá, Cidade do México e Guadalajara. A capital paulista tem hoje uma média de 70 dias de espera, seguida por Porto Alegre (63 dias), Brasília (60), Recife (57) e Rio de Janeiro (35).

O alto volume é resultado de um conjunto de fatores, como a demanda por viagens de férias, com a aproximação da alta temporada de fim de ano, e o acúmulo de solicitações de viajantes que buscam se antecipar para evitar a nova Visa Integrity Fee (taxa adicional de US$ 250 que ainda não entrou em vigor). E a expectativa é de que os prazos voltem a cair gradualmente, a partir do início de 2026

Nos cinco primeiros meses de 2025, a Embaixada e os Consulados dos Estados Unidos no Brasil emitiram 379,3 mil vistos, uma queda de 24,8% em relação ao mesmo período de 2024, que totalizou 480,8 mil. O visto B1/B2 (turismo e negócios) responde pela grande maioria dos pedidos, com 356,9 mil emissões, equivalente a 94% do total. Apesar da queda, o Brasil segue como o 4º país que mais emite vistos americanos, atrás apenas de México, Índia e China.

“O aumento recente no tempo de espera nos consulados é resultado direto de dois fatores: sazonais e de comportamento do viajante. De um lado, há o acúmulo natural de pedidos motivado pelas viagens de fim de ano e férias escolares de dezembro e janeiro, quando tradicionalmente cresce a demanda por vistos de Turismo. De outro, observamos um movimento antecipado de solicitantes que querem garantir o agendamento antes da entrada em vigor da nova taxa de integridade, que, apesar da grande repercussão, é importante destacar que essa cobrança ainda não está em vigor”

Rodrigo Costa, CEO da Viva América