Pedro Menezes   |   15/12/2025 11:30

U.S. Travel manifesta preocupação sobre exigência de redes sociais de viajantes

CBP propõe transformações profundas na forma como monitora a entrada e saída de visitantes estrangeiros

PANROTAS / Artur Luiz Andrade
Geoff Freeman, CEO do US Travel
Geoff Freeman, CEO do US Travel

Você viu aqui no Portal PANROTAS que os Estados Unidos podem em breve endurecer ainda mais os requisitos de entrada para turistas estrangeiros. Entre eles, novos procedimentos biométricos, verificação digital ampliada e coleta de informações mais extensas, incluindo cinco anos de histórico de redes sociais.

Segundo os documentos publicados, o CBP propõe transformações profundas na forma como monitora a entrada e saída de visitantes estrangeiros. É o caso, por exemplo, da selfie obrigatória para viajantes que solicitam o ESTA (documento não aplicável aos turistas brasileiros).

O Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (Electronic System for Travel Authorization) é uma autorização obrigatória para cidadãos de países que participam do Programa de Isenção de Visto dos Estados Unidos (Visa Waiver Program) e que desejam viajar ao país sem visto.

Como vimos, a agência quer exigir que todos os solicitantes (mesmo aqueles que usam intermediários, como agentes de viagens) façam o upload de uma selfie no aplicativo móvel do CBP. Essa possível decisão preocupou a U.S. Travel Association, que divulgou um comunicado após as mudanças propostas.

Comunicado da U.S. Travel

“Estamos profundamente preocupados com o recente anúncio da U.S. Customs and Border Protection (CBP) de que pode passar a solicitar o histórico de redes sociais de viajantes do Programa de Isenção de Visto que visitam os Estados Unidos. E, sem mais detalhes por parte da CBP, surgem dúvidas legítimas por parte dos viajantes sobre quais informações precisariam fornecer, assim como questionamentos de especialistas em segurança sobre se essa política de fato aumentaria de forma significativa a segurança dos Estados Unidos. Uma coisa não está em dúvida: essa política pode ter um efeito inibidor sobre as viagens ao país.

Os viajantes do Programa de Isenção de Visto vêm aos Estados Unidos para fechar negócios com empresas americanas, comprar produtos americanos e vivenciar a beleza da nossa grande nação. Se errarmos nessa política, milhões de viajantes poderão levar seus negócios e os bilhões de dólares que gastam para outros destinos, o que apenas tornaria os Estados Unidos mais fracos. A atual administração tomou diversas medidas positivas em seus primeiros 11 meses, incluindo a modernização das políticas da TSA, a ampliação do quadro de agentes da CBP, a redução do tempo de espera para vistos e a organização de todo o governo para a preparação da Copa do Mundo da Fifa de 2026. Esperamos trabalhar em conjunto para continuar aprimorando a facilitação de viagens e restaurar os Estados Unidos como o destino mais visitado do mundo".

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.