Danilo Teixeira Alves   |   01/02/2019 09:35

União Africana diz que passaporte único está em progresso

A União Africana deverá trazer novidades em relação ao passaporte único, que está em discussão desde 2016, ainda neste mês, durante a 


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Joanesburgo, na Africa do Sul
Joanesburgo, na Africa do Sul
A ideia de ter um passaporte único válido em toda a União Africana, que envolve 55 nações, segue em discussão desde 2016. Durante uma entrevista no final de 2018, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, disse que novidades referentes ao tema poderão ser reveladas neste mês, durante a 32º reunião de cúpula da UA . As informações são do portal Skift.

As viagens intra-africanas são muitas vezes caras, particularmente para viajantes de negócios. Angola, por exemplo, cobra US$ 55 por um visto, Serra Leoa custa US$ 95, enquanto a República Democrática do Congo exige até US$ 475 para um visto de múltiplas entradas. “Com um único passaporte africano, seria muito mais fácil fazer negócios com mais rapidez e economia”, argumentou Oz Desai, gerente geral da Corporate Traveler, uma divisão do Flight Center Travel Group, com sede em Johanesburgo.

Mas se o objetivo for viajar sem problemas na África, estimular o comércio, o turismo e o desenvolvimento econômico, a abolição de vistos caros - ou a introdução de um visto sem taxa na chegada - é a maneira mais simples, barata e rápida de realizar o mesmo objetivo? Gana, Quênia e Seychelles já oferecem viagens sem visto para os cidadãos africanos, sem a enorme despesa de lançar um passaporte inteiramente novo.

"Para o homem comum na rua obter um passaporte da União Africana vai ser um enorme desafio", disse Gary Eisenberg, fundador da Eisenberg & Associates, um importante escritório de advocacia de imigração e nacionalidade na Cidade do Cabo, na África do Sul. Ele também aponta questões de segurança e emissão como grandes obstáculos: “É preciso haver acordo entre todos os 55 países em torno da securitização de aplicações e emissão. Até agora, não recebemos garantias da UA em Adis Abeba de que as preocupações com segurança foram respondidas”.

Procurada pela reportagem da Skift, a União Africana preferiu não se manifestar. Talvez essas perguntas sejam respondidas na 32ª cúpula em fevereiro. “Uma África integrada, próspera e pacífica” é posicionamento oficial da UA. conteúdo original: https://bit.ly/2WuR9c4

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