Da Redação   |   16/03/2020 11:58
Atualizada em 16/03/2020 15:16

Mercado financeiro reduz estimativa de crescimento da economia

De acordo com o boletim Focus, a expansão do Produto Interno Bruto caiu de 1,99% para 1,68% em 2020

DA AGÊNCIA BRASIL

Pela quinta semana seguida, instituições financeiras consultadas pelo Banco central (BC) reduziram a estimativa de crescimento da economia este ano. De acordo com o boletim Focus, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no País – caiu de 1,99% para 1,68% em 2020.

O boletim semanal do BC traz as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos nos próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.

Já a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,35. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana continue no patamar alto e encerre o ano em R$ 4,20.

Pixabay
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão para a inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – caiu de 3,20% para 3,10%.

Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,75% para 3,65%. A previsão para os anos seguintes, 2022 e 2023, não teve alterações e permanece em 3,50%.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja reduzida para 3,75% ao ano até o fim de 2020.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para atingir a meta de inflação.

Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 5,25% ao ano. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6% ao ano e 6,25 ao ano, respectivamente.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Da Redação

Colaboração para o Portal PANROTAS

Da Redação tem 11141 conteúdos publicados no PANROTAS. Confira!