O isolamento social refletiu em um aumento significativo das vendas no e-commerce e, consequentemente, nos números de fraudes do setor. Entre 1º de janeiro a 31 de maio deste ano, mais de R$ 608 milhões em fraudes foram evitados, de acordo com o estudo da ClearSale, especializada em gestão de fraudes, em parceria com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Apesar de ser 60% superior aos prejuízos evitados no mesmo período do ano anterior, o valor é inferior ao aumento das vendas no e-commerce durante a pandemia. Isso significa que as vendas boas cresceram mais do que as tentativas de fraude.

No período, o índice geral de tentativas de fraude é de 1,50% e o ticket médio dos pedidos classificados como tentativas de fraude ficou em R$ 991, enquanto os pedidos "bons" foi de R$ 442. Segundo o diretor de Soluções da ClearSale, Omar Jarouche, "essa diferença acontece porque os fradadores buscam produtos de valor mais alto e que tenham maior liquidez, ou seja, que consigam revender com mais facilidade".

A categoria de games foi uma das que teve maior crescimento de vendas durante a pandemia, mas também foi a que registrou o maior índice de tentativa de fraudes (37%) no período. A categoria celulares ficou em segundo lugar (10%), seguida por instrumentos musicais (7%).

Na análise por região, o Norte teve o maior índice de tentativas de fraude no período, com 3,58%. Em seguida, o Nordeste com 2,26%, o Centro-Oeste com 2,23%, o Sudeste com 1,38% e o Sul com 0,82%. Analisando mês a mês, fevereiro foi o que registrou maior índice de tentativas de fraude (1,89%), seguido por janeiro (1,70%), março (1,59%), abril (1,39%) e maio (1,18%).