Da Redação   |   05/05/2021 12:21

FBHA repudia projeto que limitará atuação do Sistema S

Para Alexandre Sampaio, medida é absurda e tem de ser revista com cautela


Divulgação FBHA
Alexandre Sampaio
Alexandre Sampaio
Medida absurda, que deve ser discutida de forma cautelosa. É assim que a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) avalia o Projeto de Lei 6505/19, sugerindo que a contribuição das empresas ao Sistema S seja facultativa e com limitação de 1% na remuneração paga aos trabalhadores.

Além disso, da arrecadação proposta, 30% serão destinados à seguridade social. Com o texto, os serviços do comércio, indústria e transporte serão atingidos (Sesc, Sesi e Sest), assim como os serviços nacionais de aprendizagem do comércio, do cooperativismo, da indústria e do transporte (Senac, Sescoop, Senai e Senat). Em âmbito rural (Senar), a medida também impactará negativamente.

"Não podemos permitir que essa proposta seja aprovada. Em 2019, o assunto havia sido levantado e nos manifestamos contrários. O Sistema S é formado por entidades de peso e presta um serviço essencial para a formação de mão de obra qualificada no País", destaca o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio.

Segundo Sampaio, a educação formal brasileira não é igualitária. Por essa razão, as entidades - Sesc, Senac, Sesi, Senai, Senar, Sest, Senat e Sescoop, buscam oferecer um ensino de qualidade para as pessoas que não possuem o mesmo acesso às oportunidades do mercado.

"Além disso, estamos passando por um momento muito delicado, por conta da pandemia. Essa limitação traz um risco eminente para um colapso, em âmbito educacional, no Brasil. E esperamos que o congresso reconheça a importância destas atividades para o crescimento ao país", informa.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

“Não vamos desistir deste trabalho que é vital para a população. Por essa razão, somos contrários a qualquer tipo de limitação e/ou redução do sistema que atua fortemente na formação profissional e em áreas sensíveis, como as de saúde e educação”, diz Sampaio.

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