Juliana Monaco   |   19/08/2021 11:23   |   Atualizada em 19/08/2021 11:24

Turismo de SP inicia qualificação de 200 destinos de ecoaventura

O objetivo é mobilizar empresas e gestores sobre a importância da qualidade técnica das atividades


Divulgação/Setur-SP
O programa SP Ecoaventura visa mobilizar empresas e gestores públicos sobre a importância da qualidade técnica das atividades
O programa SP Ecoaventura visa mobilizar empresas e gestores públicos sobre a importância da qualidade técnica das atividades
Na última quarta-feira (18), a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo, em parceria com o Sebrae, realizou o primeiro seminário do programa de qualificação, certificação e promoção de destinos de natureza e aventura. Foi a primeira ação prática do programa SP Ecoaventura, que visa fortalecer a cultura da qualidade e segurança das empresas do segmento em mais de 200 municípios paulistas. Nesse encontro, os primeiros destinos sensibilizados foram Caieiras, Guarulhos, Mairiporã, Pedra Bela e São Paulo, que inclui também a Cantareira e Parelheiros.

Na abertura do evento, o secretário de Turismo e Viagens, Vinicius Lummertz, destacou a importância de investimentos em parques. “Temos três milhões de visitantes, os Estados Unidos possuem 300 milhões, e no Brasil todo temos apenas 12 milhões. Os empregos quando são gerados, como no caso do Vale do Ribeira, serão de 65 a 70% destinados para a comunidade local, porque é ela que entende a própria comunidade”.
Divulgação/Setur-SP
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo
Vinicius Lummertz, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo

Importante destacar que atividades como tirolesa, rapel, rafting e arvorismo, entre 150 consideradas de aventura, poderão ser certificadas por meio do programa, a partir de normas da ABNT. “O Turismo de ecoaventura precisa estar ajustado às normas de segurança e qualidade. Temos de melhorar o ambiente de negócios, de modo a desenvolver, de forma sustentável, os empreendimentos do setor”, afirma Lummertz.

No acordo de parceria, o Sebrae vai realizar seminários de sensibilização com os empresários, compartilhar as normas técnicas e os processos de certificação, além de oferecer um programa de capacitação em gestão e empreendedorismo, uma consultoria para micro e pequenas empresas e auditorias para certificação em gestão da segurança do turismo de aventura. Já a Setur vai realizar ações para mobilizar o público-alvo, diagnosticar o segmento, realizar campanhas e ações promocionais, além de feiras e eventos estratégicos para geração de negócios ao segmento, como a Adventure Week, no Vale do Ribeira, prevista para outubro. A parceria com o Sebrae não prevê repasse de investimentos aos municípios turísticos, mas vai mobilizar R$ 4,7 milhões em investimentos.

No encontro, Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae-SP, afirmou a necessidade de unir forças para o sucesso do programa. “Precisamos nos juntar com os empreendedores, com prefeitos, com as secretarias de desenvolvimentos, com os empreendedores que dão certo, que sabem fazer e, quando juntarmos tudo, a gente monta um projeto que não será difícil de dar certo, porque vamos pelo melhor caminho, a gente mitiga risos e o Sebrae está aqui para isso, para estar ao lado de vocês”, destaca Hussni.

O Turismo de ecoaventura está entre os segmentos turísticos que mais cresce no mundo, de acordo com a Organização Mundial do Turismo. Estima-se que 10% dos turistas tenham como demanda de viagem um destino que envolva natureza e atividades relacionadas a ela, tendência que deve se tornar ainda mais acentuada no pós-pandemia.

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