Nathalia Ribeiro   |   31/01/2022 16:31

FBHA repudia aumento do IRRF do Turismo

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Sampaio, o aumento pode levar empresas a fecharem as portas

PANROTAS / Emerson Souza
Segundo o presidente da entidade, Alexandre Sampaio, o aumento pode levar empresas a fecharem as portas
Segundo o presidente da entidade, Alexandre Sampaio, o aumento pode levar empresas a fecharem as portas
Recentemente, o Ministério da Economia informou que não haverá alteração no valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) que incide sobre as remessas para pagamento de serviços e produtos turísticos no Exterior. A alíquota que o setor de Turismo esperava era em 6%, mas, foi mantida em 25%, em um cenário pandêmico onde o setor ainda não se recuperou dos prejuízos obtidos nos últimos dois anos.

O Turismo nacional busca se recuperar após acumular mais de R$ 70 bilhões em perdas com os cancelamentos de viagens, hospedagens e alimentação do trade turístico. De acordo com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação Fora do Lar (FBHA), a situação de perda e baixa movimentação continua em 2022 por causa da variante ômicron.

“A entidade repudia o valor desse imposto e considera absurdo manter IRRF a 25%, uma vez que afeta diretamente empresas, agências, companhias aéreas e, consequentemente, os clientes. Além do setor não poder mais arcar com esse custo, ele torna incapaz contratações e investimentos no Turismo, podendo inclusive, levar várias empresas a fecharem as portas” explica o presidente da entidade, Alexandre Sampaio.

Com essa porcentagem de imposto, segundo a FBHA, as empresas brasileiras se tornam 33% mais caras que as concorrentes isentas, limitando negociações com fornecedores em destinos internacionais que não possuem acordo de bitributação com o Brasil. Além de influenciar na retomada dos voos diretos para países como EUA e Argentina, dois principais destinos estrangeiros do Brasil, que dependem da redução do custo para as remessas que são essenciais para o pagamento de parceiros e fornecedores que disponibilizam estadas de clientes no Exterior.

Ainda em 2021, o Ministério da Economia e o Congresso Nacional articulavam pela manutenção do imposto em 6%, com a sinalização para a provisão dos valores na Medida Provisória (MP) 1.094/2021, mas no último dia do ano, o Ministério da Economia retirou agências e operadoras da MP. O Ministério do Turismo informa que redigiu uma nova proposta de MP, que foi enviada para o Ministério da Economia na esperança de ser apreciada ainda em 2022.

"Vamos nos engajar diretamente para reverter esta taxa, pois este imposto é indevido e compromete, de forma abusiva, o desempenho do setor. O Turismo movimenta a economia brasileira e precisa ser honrado e respeitado”, finaliza Sampaio.

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