Filip Calixto   |   07/02/2024 23:00
Atualizada em 07/02/2024 23:22

Ato pela manutenção do PERSE mostra força do setor; veja fotos

Empresários, associações e parlamentares mandaram um recado ao executivo pela permanência do programa


PANROTAS / Filip Calixto
Representantes de associações e empresas do Turismo no ato público em favor do PERSE no Congresso Nacional
Representantes de associações e empresas do Turismo no ato público em favor do PERSE no Congresso Nacional

BRASÍLIA (DF) - Às 15h desta quarta-feira (7) o auditório Nereu Ramos, no Anexo II da Câmara dos Deputados tinha todas as cadeiras preenchidas. Nelas estavam sentados líderes de associações, diretores de companhias com atuação nacional e trabalhadores dos segmentos de eventos e Turismo para um ato símbolo e uníssono pedindo a manutenção do Perse (Programa Emergencial de Retomada dos Setores de Eventos e Turismo).

No palanque, senadores e deputados federais - tanto de oposição como também favoráveis ao atual governo - engrossaram o coro em prol do projeto e prometeram barrar a iniciativa da presidência que, via Ministério da Fazenda, em MP assinada em dezembro, tenta suspender os efeitos da lei.

No ato organizado por duas frentes parlamentares mistas (Frente de Defesa do Turismo e Frente de Defesa da Produção Cultural) também nasceu um manifesto já assinado por mais de 300 parlamentares pedindo que o poder executivo reveja a medida é mantenha o programa.

O documento afirma que a política pública está sendo revogada não por um resultado negativo, mas pela “omissão governamental em estudar os seus impactos”. E cita dados retirados do próprio Caged, do IBGE.

“Segundo o Caged, nos 12 meses anteriores à MP 1.202, os setores com maiores taxas de crescimento de empregos foram Artes, Cultura, Esporte e Recreação (+9.88%) e Alojamento e alimentação (+6.4%), somando 146.682 empregos gerados, ajudando a média nacional de 3,4% de variação positiva do emprego. Exatamente as áreas incentivadas pelo PERSE”, diz o manifesto.

Os parlamentares afirmam ainda que o Executivo desconsiderou os R$ 18 bilhões em receitas tributárias obtidas por meio da renegociação de débitos prevista na Lei do Perse. E enfatizam que a questão já foi debatida e votada algumas vezes nas casas legislativas desde o período em que ainda era um projeto, já tendo mostrado a quem atende e que serviço presta.

O grupo pede que introjeto cumpra o período ao qual está designado para valer. O texto original fala em cinco anos de validade para auxiliar empresas que enfrentaram dificuldades com os fechamentos e ausência de demanda do período da pandemia.

O deputado Felipe Carreras (PSB), autor do projeto, coordenou os trabalhos da manifestação de hoje, distribuindo a palavra aos mais de 20 parlamentares que compareceram ao evento. Ele também fez a defesa da manutenção do programa explicando como ele tem sido benéfico para a economia nacional e para as empresas que pedem sua permanência.

Outra voz que despertou atenção de quem esteve na cerimônia foi da deputada Renata Abreu (Podemos), que relatou o projeto na Câmara dos Deputados. Renata pontuou que o encerramento do programa tem grandes chances de causar demissões em massa, além do aumento de preços para os consumidores.

A deputada afirma que o programa preservou milhares de empregos e criou oportunidades diretas e indiretas por meio da retomada de eventos no Brasil.

No álbum abaixo veja algumas fotos da reunião no Congresso Nacional.

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