Pedro Menezes   |   03/06/2025 16:00
Atualizada em 03/06/2025 16:07

Vital Intercâmbios encerra atividades e prejudica mais de 100 alunos; Procon emite nota

Estudantes que tiveram o atendimento interrompido podem buscar os fornecedores que prestariam o serviço


Reprodução
O encerramento abrupto das atividades gerou uma onda de reclamações por parte de estudantes de diversas regiões do Brasil
O encerramento abrupto das atividades gerou uma onda de reclamações por parte de estudantes de diversas regiões do Brasil

A agência de viagens Vital Intercâmbios encerrou suas atividades após 13 anos de atuação no setor de intercâmbio. A empresa informou a decisão por meio de suas redes sociais, as quais já foram deletadas. No comunicado, a empresa agradeceu aos clientes, parceiros e colaboradores, destacando os desafios enfrentados, incluindo crises globais e instabilidades no setor.

O encerramento abrupto das atividades, no entanto, gerou uma onda de reclamações por parte de estudantes de diversas regiões do Brasil. Muitos relataram perdas financeiras significativas, variando entre R$ 10 mil e R$ 25 mil, referentes a pacotes de intercâmbio que incluíam cursos, hospedagem e passagens aéreas.

Pelo menos 108 estudantes foram prejudicados pelo encerramento das atividades da Vital, segundo o g1. A Vital orientou seus clientes a entrarem em contato diretamente com as instituições de ensino onde estavam matriculados, informando sua condição de ex-alunos da agência. A empresa afirmou ainda estar em negociação com essas escolas para viabilizar condições mais acessíveis e disponibilizou um e-mail: apoio@vitalintercambios.com.br.

De acordo com Procon-SP, estudantes que tiveram o atendimento interrompido podem buscar os fornecedores que efetivamente prestariam os serviços (escolas, empresa aérea, de hospedagem etc.). As indicações de quem prestaria os serviços podem constar do contrato, de propagandas ou das mensagens trocadas com os consumidores e estas outras empresas podem, eventualmente e se já tiverem sido de fato contratadas e pagas, cumprir com a oferta.

Outra recomendação importante do Procon-SP é entrar em contato com as empresas de meios de pagamento, informando sobre o problema e solicitando a interrupção da cobrança de parcelas que ainda não tenham sido lançadas, bem como a eventual devolução de valores já pagos.

Guardar todos os documentos que demonstrem a contratação, os pagamentos efetuados pelos serviços e as trocas de mensagens com as empresas também é fundamental para o consumidor que for questionar os seus direitos.

Caso não consiga solucionar suas demandas com a cadeia de fornecedores, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil e procurar diretamente o poder Judiciário. Isto porque neste caso, é possível que nem com a intermediação do Procon-SP será possível obter da empresa de intercâmbio o cumprimento da oferta ou algum ressarcimento para os consumidores prejudicados.

“As reclamações feitas no Procon-SP são enviadas para a empresa, que tem um prazo para responder; mas, diante das primeiras informações sobre a interrupção do atendimento aos consumidores, é muito provável que também não haverá resposta para as notificações. Por isto, o melhor caminho é já lavrar um boletim de ocorrência e juntar documentos para ingressar na Justiça”

Diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho.

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