Embratur assina protocolo de intenções para fortalecer promoção de parques nacionais
Agência adere ao Programa Natureza com as Pessoas, iniciativa do ICMBio
A Embratur assinou, nesta quinta-feira (21), um Protocolo de Intenções para aderir ao Programa Natureza com as Pessoas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A iniciativa, firmada durante o Salão Nacional do Turismo, em São Paulo, no estande do Ministério do Turismo (MTur), tem como objetivo desenvolver ações conjuntas de promoção internacional do turismo em Unidades de Conservação.
O Protocolo de Intenções foi assinado pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e pelo presidente do ICMBio, Mauro Pires. A iniciativa alia a conservação do meio ambiente à visitação e à geração de renda para as comunidades locais por meio do turismo. O Programa Natureza com as Pessoas, lançado em celebração aos 25 anos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), busca ampliar o número de visitantes nessas áreas, conciliando proteção ambiental e desenvolvimento social.
O acordo de cooperação entre a Embratur e o ICMBio prevê o desenvolvimento de projetos de interesse mútuo para fortalecer o ecoturismo, o turismo de bem-estar, o turismo de base comunitária e o turismo técnico-científico no Brasil. “É muito importante ter o turismo caminhando junto com esse debate da sustentabilidade. O turismo é um parceiro das unidades de conservação. A Embratur cabe apresentar o Brasil no mundo. E se tem algo que nos ajuda a uma imagem positiva do Brasil, são as unidades de conservação. E a gente não tem como promover o Brasil para um outro caminho que não seja o da responsabilidade ambiental ou climática. O mundo não virá para cá, se não for por esse caminho”, afirmou Marcelo Freixo.
“Esta é mais uma frente de cooperação que abrimos conjuntamente. O engajamento da Embratur nesta iniciativa é crucial para o fortalecimento do turismo sustentável brasileiro, com foco no público internacional, nos parques e reservas geridos pelo ICMBio", enfatizou Mauro Pires. “Nosso objetivo é que as pessoas se reconectem com a natureza e vivenciem experiências ao ar livre ao mesmo tempo que essa prática fortaleça a economia local, pousadas, hotéis, restaurantes, lojas de artesanato, agências de turismo…”, destacou Pires.
O presidente da Embratur complementou que a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente são pilares da atuação da Agência na promoção internacional do Brasil. Que ferramentas o turismo tem para ajudar as unidades de conservação? O grande debate que a gente faz na Amazônia é qual é a economia que a gente vai viver, uma economia que quer ver a floresta deitada ou uma economia que quer ver a floresta em pé”, exemplificou Freixo.
Desenvolvimento e identidade
O ministro do Turismo, Celso Sabino, e o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Capobianco, também participaram da solenidade. Sabino também destacou a importância do desenvolvimento econômico do turismo sustentável como uma alternativa ao desmatamento.
“Se as pessoas que vivem próximas a unidades de conservação não tiverem garantido condições de se desenvolverem econômica, financeira, intelectualmente, socialmente, eles vão pra cima da floresta. E o entendimento do Ministério do Turismo é de que a melhor forma de garantir esse desenvolvimento sustentável, social, intelectual, é através do ecoturismo. Para que essas pessoas vejam que a floresta em pé vale mais que a floresta no chão”, disse o ministro.
Já Capobianco destacou que a relação do turista com os destinos visitados é a relação com as pessoas que vivem nessas regiões. “É muito trabalho, é muita dedicação para que a gente possa fazer do Brasil, ‘o’ destino. Um país que possui uma natureza exuberante, diversidade de norte a sul, leste a oeste, está associado a uma cultura densa, a uma culinária, a modos de vida que trazem ao turista um prazer, uma vivência e um espírito de solidariedade” disse.
“Turismo é o contato com as pessoas. Quando você vai para o Tapajós e percorre aquelas unidades de conservação, o parque nacional, terras indígenas, entra em contato com as comunidades, que produzem pescaria, mel, isso cria uma partilha, um respeito pelo outro, uma valorização da cultura”, acrescentou Capobianco.