Pedro Menezes   |   29/10/2025 11:02
Atualizada em 29/10/2025 12:09

"Quer passagens mais baratas? O caminho é claro: menor custo", diz secretário do MPor

Segundo ele, garantir estabilidade regulatória e segurança jurídica é o básico para evolução do setor

Reprodução/LinkedIN
Tome Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos
Tome Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos

O secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos, Tome Franca, veio a público reforçar a necessidade de manter o ambiente regulatório favorável para permitir tarifas mais baixas, mais concorrência e maior conectividade por meio de companhias “low-cost” e “ultra low cost” no setor aéreo brasileiro.

Sua afirmação ocorre um dia depois da Câmara aprovar um projeto de lei que garante mala de mão e despacho gratuito de bagagem de 23 kg. O texto agora irá ao Senado e ainda determina que as regras estejam nos canais de venda das companhias aéreas, como vimos ontem no Portal PANROTAS.

“Quer passagens mais baratas e mais cidades conectadas pelo transporte aéreo no Brasil? O caminho é claro: menor custo operacional, mais concorrência e mais companhias aéreas operando no Brasil — especialmente low cost e ultra low cost"

Tome Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos

Segundo ele, garantir estabilidade regulatória e segurança jurídica aos investidores é condição básica para que essas companhias se sintam capazes de operar e expandir no País. Ele defendeu que o Congresso Nacional cumpre papel essencial de debate das demandas da sociedade — “mas é preciso promover uma reflexão madura e técnica sobre as políticas que sustentam o futuro da aviação brasileira”.

Esse apelo ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei 5.041/2025 e de suas emendas, que propõem tornar gratuitos para os passageiros itens como bagagem de mão, bagagem despachada e seleção de assentos. A medida, embora pareça beneficiar o usuário, levanta sérias preocupações entre as companhias aéreas de baixo custo.

Conforme já denunciado pelo CEO da JetSMART Airlines, Estuardo Ortiz, que afirma que cerca de 60% de seus passageiros viajam sem bagagem de mão, a obrigatoriedade desses serviços pode elevar os custos fixos e, de forma refletida, elevar tarifas médias em mais de 50 dólares por viagem.

“Precisamos de um debate pedagógico com a sociedade, com informação e responsabilidade. O objetivo é um só: o passageiro não pode ser penalizado. Queremos mais brasileiros utilizando o transporte aéreo e mais cidades conectadas por uma aviação competitiva, acessível e sustentável. E para isso, o Brasil deve se manter alinhado aos padrões globais de regulação, garantindo previsibilidade, equilíbrio e novos investimentos no setor"

Tome Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.