Com apenas 79 países confirmados, COP30 aumenta subsídio para hospedagens
Valor, que antes era de US$ 144, foi aumentado para US$ 197 para 144 países em desenvolvimento

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém de 10 a 21 de novembro, está com apenas 79 países confirmados a menos de dois meses do início. Outras 70 delegações seguem em negociação, seja com via Bnetwork, Qualitours ou reservas próprias.
Ao todo, mais de 42 mil quartos estão disponíveis em Belém para novembro, distribuídos entre hotéis na capital e região metropolitana (8.166 quartos), cabines em navios (3.882, com 800 opções por até US$ 200/dia), Bnetwork (7.354 quartos, até US$ 600/dia) e plataformas Airbnb e Booking.com (23,3 mil unidades).
O secretário-executivo da Bureau da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), órgão de governança interna que dá suporte às Conferências das Partes (COPs), Simon Stiell, anunciou a revisão da taxa da Diária das Nações Unidas (DSA) para Belém.
O valor, que antes era de US$ 144, foi aumentado para US$ 197 para 144 países em desenvolvimento, incluindo os Países Menos Desenvolvidos (LDCs) e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS). A DSA é subsídio concedido para cobrir despesas como hospedagem e atenderá 144 países em desenvolvimento.
Simon reconheceu o forte compromisso e os esforços realizados pelo Brasil para lidar com os desafios de acomodação até o momento. O reajuste da DSA aumento atendeu a uma reivindicação de representantes dos países no Bureau, apoiada pelo Brasil, e serve para facilitar a participação de nações em desenvolvimento.
Ainda assim, o Brasil considera que o valor continua abaixo da média praticada em outras capitais brasileiras e não cobre integralmente os custos locais. Por esse motivo, o governo brasileiro sugeriu que a UNFCCC estude a aplicação de uma taxa ad hoc (um reforço emergencial aplicado apenas para esta COP), o que facilitaria a vinda de delegados de países em desenvolvimento.
Sobre os esforços do governo federal para coibir práticas de preços abusivos, por meio de medidas jurídicas e administrativas, bem como diálogo com o setor hoteleiro, plataformas de hospedagem e imobiliárias, as plataformas Hotels.com e Airbnb.com acataram recomendações da Defensoria Pública do Pará, Ministério Público, Procon e Ordem dos Advogados do Brasil, bloqueando anúncios considerados abusivos e emitindo alertas quando os valores ultrapassam a média de mercado.