Artigo: Inovação, ESG e cooperação impulsionam eventos como motor da nova economia
Abeoc destaca como os encontros se tornaram plataformas de transformação e redes de aprendizado

Mais do que reunir pessoas, o setor de eventos está reconfigurando sua identidade como um dos pilares centrais da nova economia. Em um mundo marcado por transformações digitais, demandas ESG e pela busca constante por experiências significativas, congressos, feiras e encontros corporativos deixaram de ser apenas ferramentas de marketing — passaram a ser agentes de mudança.
Enid Câmara, presidente da Abeoc, analisa como a força coletiva, a internacionalização e a inovação colocam o segmento de eventos no centro das decisões estratégicas do presente e do futuro. Confira o artigo na íntegra:
Conectar, Inovar, Crescer: o setor de eventos como protagonista da nova economia
"Transformação digital, ESG, internacionalização e o poder da coletividade como motores do novo tempo para feiras, congressos e experiências ao vivo.
Vivemos um tempo em que conexões valem tanto quanto produtos, em que a inovação é o novo capital e a coletividade, um ativo estratégico. É nesse cenário que o setor de eventos se posiciona, com cada vez mais força, como protagonista da nova economia.
Nos últimos anos, aprendemos que encontros — presenciais ou híbridos — não são apenas momentos de celebração ou negócios. Eles são plataformas de transformação, redes de aprendizado, vitrines de inovação. Congressos, feiras e eventos de incentivo deixaram de ser apenas ferramentas de promoção e passaram a ser catalisadores de mudanças econômicas, sociais e ambientais.
A transformação digital acelerou processos, ampliou audiências e mudou para sempre a forma como nos relacionamos com o conteúdo e com as experiências ao vivo. Hoje, a jornada do participante começa antes do evento e se estende muito além da sua realização. A tecnologia nos conecta, mas é a inteligência humana — colaborativa, sensível e estratégica — que faz do evento um espaço vivo, pulsante e memorável.
Outro pilar que vem moldando a indústria de eventos é o ESG. Sustentabilidade, diversidade e responsabilidade social já não são mais diferenciais — são exigências do presente e pré-requisitos do futuro. Organizadores, expositores, destinos e fornecedores precisam caminhar juntos nesse compromisso. Eventos mais sustentáveis, com impacto positivo real, serão cada vez mais valorizados por participantes, marcas e patrocinadores.
A internacionalização também assume papel central nesta nova fase. A participação em redes e entidades latino-americanas e globais, como a COCAL, fortalece o Brasil como destino e como fornecedor de inteligência e inovação para o setor. A Abeoc Brasil tem atuado de forma ativa nesse diálogo, representando nossos associados e ampliando fronteiras para os negócios e a reputação do país.
E é justamente o associativismo que costura tudo isso. Em um mundo onde a competição é intensa, cooperar se torna ainda mais estratégico. Criar, dialogar, influenciar políticas públicas e defender os interesses da cadeia produtiva exige articulação e presença institucional. A Jornada de Líderes, a retomada do dimensionamento econômico da indústria de eventos e o envolvimento com pautas como o PERSE são exemplos de como, unidos, somos mais fortes.
O setor de eventos não apenas reflete a nova economia — ele a impulsiona. É agente de transformação, elo entre mercados e motor de desenvolvimento. Conectar, inovar e crescer não são palavras de ordem: são escolhas conscientes de quem acredita no poder do encontro como estratégia de futuro."