Cresce em 16% a procura por eventos corporativos em 2025, aponta DataEventos
Plataforma de inteligência da startup MeEventos acompanha movimentação de 1,6 mil empresas do setor

De janeiro a maio de 2025, o setor de eventos corporativos no Brasil teve alta de 15,96% no volume de pedidos de orçamento para feiras, congressos, convenções, seminários, reuniões, palestras e workshops, em comparação ao mesmo período de 2024. Os dados são da DataEventos, plataforma de inteligência de mercado da startup MeEventos, que acompanha a movimentação de mais de 1,6 mil empresas da indústria e analisou mais de 50 mil solicitações de propostas, e 20 mil eventos corporativos realizados entre 2024 e 2025.
No primeiro mês do ano, a alta foi de 13,8%; em fevereiro, 15,6%; em março, 26,1%; em abril, 6,4%; e, em maio, 18,9%. Segundo o fundador e CEO da MeEventos, Tiago Ferreira, o cenário é reflexo da consolidação dos encontros presenciais como estratégia de fortalecimento de marca e relacionamento com públicos estratégicos.
“No início do ano as empresas fazem planejamento estratégico para as ações ao longo do ano, por isso, há um grande aumento no número de orçamentos durante este período. Outra questão, é a demanda por eventos presenciais como ferramenta estratégica de relacionamento e reforço institucional, porque, apesar dos eventos virtuais terem sua utilidade, eles não entregam a mesma experiência de conexão, impacto de marca e oportunidades de negócios que os presenciais oferecem”, analisa.
O número de eventos corporativos realizados também cresceu 4,74% no mesmo período. Fevereiro de 2025, por exemplo, registrou uma alta de 28,9%, e maio teve um crescimento de 5,3%. Já março apresentou um leve aumento de 2,8%, enquanto janeiro e abril registraram quedas de 7,1% e 3,3%, respectivamente.

No recorte geográfico, o Rio de Janeiro lidera o setor, concentrando mais de 16,4% de eventos corporativos, seguido por São Paulo (10,3%) e Minas Gerais (7,4%)
Para Ferreira, uma estratégia importante para manter a realização de eventos em alta é profissionalizar a gestão comercial e investir na experiência do cliente desde o primeiro contato. “É preciso personalizar as propostas, entender as reais necessidades de cada cliente e criar soluções sob medida. Quem ainda trabalha de forma genérica, com orçamento padrão, acaba perdendo espaço”, alerta.