Da Redação   |   28/07/2025 13:42

Como a governança e a IA redefinem o transporte e o Turismo? Leia no artigo

César Carvalho, diretor de Dados, Inteligência Artificial e Tecnologia da ClickBus, destrincha o assunto


Divulgação
César Carvalho, diretor de Dados e IA da Clickbus
César Carvalho, diretor de Dados e IA da Clickbus

Como a digitalização, aliada à governança de dados e à Inteligência Artificial, está transformando os setores de transporte rodoviário e Turismo? Este é o assunto abordado no artigo "Rodovia dos Dados", assinado por César Carvalho, diretor de Dados e IA da Clickbus.

Para ele, tratar os dados como ativos estratégicos — com segurança, ética e supervisão humana — é essencial para garantir eficiência, personalização e confiança. Carvalho alerta para os riscos do mau uso da IA, mas reforça que o futuro desses setores será digital, sempre sustentado por responsabilidade e inteligência.

Leia o artigo na íntegra abaixo:

Rodovia dos dados: Como a governança e a IA redefinem o transporte e o Turismo do futuro

"No cenário dinâmico da economia global, o transporte rodoviário e o turismo vêm se destacando como setores fundamentais para a conexão entre pessoas, experiências e territórios. O elo invisível, mas poderoso, que une essas áreas é a crescente digitalização, guiada pelos dados e a Inteligência Artificial (IA). Mais do que armazenar essas informações, o diferencial está em tratá-las como ativos estratégicos capazes de gerar eficiência e segurança. E nesse novo contexto, um ponto se torna inegociável: a responsabilidade.

A verdadeira vanguarda não está em acumular terabytes ou petabytes, mas em construir um ecossistema onde as informações circulem com segurança, fluidez e sob controle. Isso exige uma governança robusta, maturidade digital e uma cultura organizacional preparada para tratar o dado como um patrimônio valioso. No setor rodoviário, por exemplo, dados sobre tráfego, rotas, telemetria e perfil dos motoristas geram oportunidades de otimização, porém, também impõem riscos caso sejam negligenciados. O mesmo se aplica ao turismo, onde históricos de reservas, preferências de viajantes e demandas por destinos podem ser usados para personalizar experiências, desde que tratados com critério.

A falta de cuidado transforma dados em pontos vulneráveis, como fios soltos em uma rede elétrica: imperceptíveis até causarem um curto. E o impacto real vai além do técnico, pois atinge diretamente a confiança. Empresas que ainda tratam o dado como um recurso meramente técnico, e não como um ativo estratégico, estão comprometendo seu crescimento. Um dado mal gerenciado pode vazar, distorcer decisões e prejudicar reputação e operações.

Paralelamente, a Inteligência Artificial se consolida como um motor potente nesse ecossistema. No entanto, quando mal calibrada, a IA generativa, em particular, pode apresentar o que se convencionou chamar de "alucinações": respostas falsas, imprecisas ou inventadas. Em setores como transporte e turismo, as consequências são significativas. Imagine uma IA que prevê incorretamente a demanda por rotas ou cria dados irreais sobre fluxo de turistas. O resultado pode ser uma sequência de decisões equivocadas, alocação de recursos mal direcionada e, em última instância, quebra de confiança.

Apesar dos riscos, a evolução tecnológica também oferece caminhos para mitigar essas falhas. Já existem ferramentas capazes de identificar e explicar informações falsas geradas por IA, comparando respostas com bases confiáveis. Mas nenhuma tecnologia é infalível, por isso, o fator humano segue essencial. É na combinação entre sistemas avançados e especialistas capacitados que reside a confiabilidade.

No transporte, isso pode significar a revisão humana de rotas sugeridas por IA em condições climáticas adversas. No turismo, pode envolver a curadoria especializada sobre recomendações personalizadas.

Manter dados com responsabilidade e implementar Inteligência Artificial com ética e supervisão não são apenas práticas recomendadas; são um compromisso com o futuro operacional e com a credibilidade que sustenta o presente. Para os setores rodoviário, turístico e tecnológico, a estrada que se desenha é cada vez mais digital. Mas a confiança continua sendo construída com base em diligência e inteligência, tanto a artificial quanto a humana".

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