Como a taxação dos EUA impactará o mercado de intercâmbio? Leia no artigo
Diogo Aguilar, fundador e diretor executivo da Fluencypass, destrincha o tema em texto

Com o aumento do IOF para até 3,5% e a criação da "Integrity Fee" de US$ 250 para vistos estudantis, o custo de um intercâmbio pode subir em até 30%, exigindo planejamento financeiro e logístico mais rigoroso por parte dos brasileiros.
Além disso, fatores geopolíticos e comerciais, como tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, impactam parcerias acadêmicas e emissão de vistos, tornando o processo mais complexo.
Ainda assim, segundo o fundador e diretor executivo da Fluencypass, Diogo Aguiar, intercâmbios continuam sendo oportunidades valiosas – desde que o estudante se antecipe, busque alternativas de destino com moedas mais favoráveis e conte com plataformas confiáveis e assessoria especializada.
Leia o artigo na íntegra:
Como a taxação dos EUA irá impactar o mercado de intercâmbio? Saiba como driblá-la
"Estudar no exterior é o sonho de muitos brasileiros, não só para aperfeiçoar o currículo, mas também para conhecer novas culturas e idiomas. Contudo, isso ganhou novos obstáculos em 2025. Em poucas semanas, fatores econômicos, políticos e regulatórios impactaram diretamente o planejamento de estudantes e famílias. IOF elevado, taxas extras de visto e mudanças nas políticas de imigração exigem uma nova mentalidade: mais preparação, menos improviso. Dessa forma, por conta da mudança desse cenário, aqueles que não se preparem previamente e não revisarem seus planos agora podem ter aumento de até 30% nos custos, perdendo oportunidades valiosas. Isso porque a nova alíquota do IOF para operações de câmbio subiu para até 3,5%, encarecendo todas as remessas internacionais — de mensalidades a moradia.
Avaliando os impactos direto da atual situação econômica internacional, uma viagem profissional ou estudantil de R$ 100 mil pode custar até R$ 3 mil a mais apenas com IOF, o que exige planejamento financeiro detalhado e antecipado. Além disso, as novas tensões comerciais acabaram afetando a educação global. Medidas como as tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros aumentam a instabilidade política — o que pode afetar parcerias acadêmicas, emissão de vistos e até o reconhecimento de diplomas. O que antes era somente uma questão de custo, agora é também uma questão geopolítica, tornando o intercâmbio uma complexa operação.
Entretanto, apesar dos desafios, o método intercambiável continua sendo um dos caminhos mais potentes para ampliar a visão global, impulsionar carreiras e acessar mercados de alta performance. Assim, para quem deseja estudar em outros países, é importante ter um planejamento bem detalhado e antecipar pagamentos com câmbio fixado, além de utilizar plataformas autorizadas que permitem a retirada de remessas em lote. Por mais que os Estados Unidos ainda seja um dos destinos mais visados, considerar outras opções com moedas mais favoráveis, como África do Sul, Malta, Irlanda, Austrália e Canadá, pode facilitar e acelerar o processo de conseguir a permissão de viagem.
Mas, para quem ainda mantém o sonho de fazer um intercâmbio no país, em outubro entra em vigor a Integrity Fee, que adiciona US$250 ao custo de qualquer visto de estudos. Os prazos também estão mais longos e sujeitos a instabilidade nos sistemas de agendamento. Dessa forma, o ideal é que o processo de visto se inicie com seis meses de antecedência, e tenha o apoio de uma assessoria especializada para reduzir riscos.
Porém, o novo cenário, ainda que preocupante, é contornável e não é definitivo. Por isso, é fundamental trabalhar com plataformas que oferecem suporte financeiro e jurídico e que não cobrem as taxas das agências, com o objetivo de baratear o custo da viagem; incluir margem de segurança no orçamento; e manter flexibilidade quanto ao destino e ao período de embarque são essenciais para que a viagem estudantil ou profissional não se torne uma dor de cabeça.
Por fim, apesar das novas taxas, mudanças nas políticas de imigração e aumento do IOF, realizar um intercâmbio de modo seguro e que não pese tanto no bolso ainda é algo praticável. O mundo não se fechou, mas está mais seletivo e exigente. Porém, ao se organizar e planejar com antecedência, ainda é possível encontrar portas abertas. Portanto, vale reforçar que quem deseja viver uma vida extraordinária, precisa fazer escolhas extraordinárias, principalmente porque o intercâmbio continua sendo uma das experiências mais ousadas e transformadoras."