Marcel Buono   |   16/01/2019 09:00

10 tendências para entender quem é o consumidor do futuro

Evolução do comportamento, das necessidades e dos anseios das pessoas se relaciona diretamente com o Turismo

A Euromonitor International publicou seu estudo sobre as dez tendências globais que devem guiar os consumidores em 2019 e nos próximos anos. Apesar de o estudo ser feito de maneira ampla, sem um mercado ou nicho específico, a evolução do comportamento, das necessidades e dos anseios das pessoas também se relaciona diretamente com viagens, descobertas e, consequentemente, o Turismo e suas atividades como um todo. Confira abaixo:

IDADE É SÓ UM NÚMERO
Na média geral, as pessoas vivem mais tempo hoje em dia, passando mais anos com saúde e disposição para realmente aproveitar a vida. Assim, naturalmente, homens e mulheres já não aceitam mais o envelhecimento de maneira passiva, incluindo muitos casos de negação da velhice. Ninguém quer se sentir velho, muito menos excluído. Por isso, produtos inclusivos, que não façam os idosos se sentirem inferiores ou incapazes dentro da sociedade ganharão cada vez mais espaço no mercado. Tudo pode ser desfrutado por todos.

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MENOS É MAIS
Enquanto os principais governos mundiais seguem levando o planeta para o caminho da autodestruição, cada vez mais pessoas comuns já entenderam que um estilo de vida menos industrializado é melhor não apenas para si, como para o futuro de todos. Produtos naturais, produzidos com menos ingredientes e que valorizam a pureza estão ganhando as prateleiras. As pessoas querem experimentar o real, o autêntico, o que nasce da terra, o que é feito a mão por outro ser humano que botou a alma naquilo que será consumido.

CONSUMO CONSCIENTE
Na mesma linha da tendência anterior, as pessoas, com mais acesso à informação, podem descobrir mais facilmente o que é bom, o que é ruim, como isso ou aquilo foi produzido antes de chegar até elas. Nos últimos anos, por exemplo, o número de vegetarianos e veganos cresceu exponencialmente no Brasil e no mundo. Entre 2016 e 2017, o País ficou em sexto lugar entre os países com mais novos adeptos à prática alimentar sem carnes. O sentimento de proteção aos animais tende a se intensificar não só no prato de comida, como em outras áreas nas quais os seres vivos são explorados.

UMA CONEXÃO A QUALQUER HORA
Com o avanço da internet nos quatro cantos do mundo, cada vez mais grandes distâncias ficam curtas para quem quer se comunicar. É possível entrar em contato com amigos, família, namorada(o) ou simplesmente compartilhar suas experiências e localizações com desconhecidos de todas as nacionalidades muito facilmente. A digitalização do mundo e da vida é um caminho sem volta que não é mais exclusivo para os mais jovens. Nos próximos anos, a realidade virtual deve ganhar ainda mais espaço em diferentes esferas da sociedade.

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SABER É PODER
Com a internet livre e, consequentemente, com todo tipo de informação disponível ao acesso dos consumidores, empresas que não entregam o que prometem tendem a perder força no mercado. Hoje em dia, todo mundo pode se sentir um expert em diversos assuntos e, muitas vezes, vão querer mostrar isso ao mundo. Revisões, avaliações e, principalmente, opiniões de pessoas próximas, vão ter cada vez mais poder na decisão de determinada compra.

SENTIR FALTA É BOM
Ao mesmo tempo que o mundo fica mais digitalizado e conectado, mais pessoas se sentem pressionadas a sempre atualizarem seus seguidores sobre suas rotinas ou aventuras, e isso já está causando stress em muitos. Oportunidades de ficar alheio ao “mundo real” interessam cada vez mais a quem está inserido profundamente neste universo. Quando algo existe em excesso, é bom ficar sem por um tempo, tanto para relaxar como para dar tempo de sentir falta ou necessidade de voltar a ter aquilo.

INDEPENDÊNCIA OU MORTE
No mesmo trilho da abundância de informações e serviços disponíveis na internet, as pessoas cada vez mais se sentem independentes para fazer de tudo na vida. Afinal, como já foi citado anteriormente, é mais fácil ser “expert em qualquer assunto”, ou pelo menos achar que é. Assim, o número de indivíduos que buscam resolver tudo por conta própria cresce mundo afora. Os intermediários vão ficando cada vez mais de lado, mas aplicativos que “regulam” a vida, considerando os hábitos alimentares ou financeiros, entre outros, ganham força. Todos querem ser, ou pelo menos parecer, autossuficientes.

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FIM DA LINHA PARA O PLÁSTICO
Dentro do pensamento de preservar o planeta e a vida que nele habita, um material que já é olhado como vilão e vai sendo retirado aos poucos do mercado é o plástico. Um exemplo famoso recente é o canudinho, que já foi banido de grandes marcas e deve ser “extinto” no futuro. Apesar dessa tendência, ainda 63% de todas as embalagens do planeta são feitas do material derivado do petróleo. Nada eco-friendly.

EFICIÊNCIA E AGILIDADE
Com um smartphone na palma da mão e com um mundo sempre muito corrido onde há pouco tempo para fazer tudo o que você precisa ou sente vontade ao longo de um dia, soluções ágeis e simples são fundamentais para o sucesso. Aplicativos serão usados cada vez mais e para os mais diversos objetivos, porém, o excesso de tecnologias pode ser um problema, o que pode levar a uma tendência de “aglutinação” de serviços em poucas plataformas, que possam atuar de maneira integrada com diferentes contas dos clientes.

LOBOS SOLITÁRIOS
A evolução da sociedade tem proporcionado um significativo aumento no número de pessoas que não se casam, nem têm filhos ao longo da vida. Homens e mulheres que são donos de si e vivem sozinhos em suas respectivas casas tendem a preencher fatias ainda maiores da população nas próximas décadas. Produtos direcionados para este público que não depende de ninguém para viver a vida serão mais procurados no futuro.

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