Marcos Martins   |   07/11/2019 12:14
Atualizada em 07/11/2019 12:16

Uma em cada cinco compras pode ser insegura na Black Friday

De acordo com estudo do Serasa Experian, mais de 20% das transações feitas por meio de aplicativos podem não estar seguras no período de ofertas


Dreamstime
Consumidores devem prestar bastante atenção
Consumidores devem prestar bastante atenção
Próximo da Black Friday, que acontece no final deste mês, 21,6% das transações feitas via aplicativos podem não estar seguras, o que representa uma em cada cinco realizadas no País. De acordo com estudo da Serasa Experian, isso ocorre porque estes programas instalados em dispositivos móveis trocam informações com endereços que não contam com o certificado de segurança SSL (Secure Socket Layer). Este certificado digital autentica a identidade de um site e criptografa os dados enviados para o servidor, protegendo a integridade e veracidade das informações que são trocadas na internet.

O grande volume de compras feitas via dispositivos móveis nesta época do ano exige atenção dos consumidores. Uma forma de identificar se o ambiente é seguro é procurar pela informação nas Políticas de Privacidade. Caso os termos não deixem claro o uso de criptografia, a recomendação é que a compra seja via desktop, sempre de olho se há o símbolo do cadeado ao lado da URL na barra do navegador. Os consumidores também não devem baixar aplicativos fora das lojas dos sistemas operacionais.

“O uso de celular para compras por meio de apps vem aumentando ano após ano, graças à rápida adesão dos brasileiros a novas tecnologias. Isso faz com que os fraudadores sofistiquem o phishing (ato de “pescar” informações importantes) para capturar os dados dos consumidores em golpes. Isso só reforça a necessidade de segurança na proteção da comunicação entre aplicativos e servidores das empresas”, comenta o diretor de Certificação Digital da Serasa Experian, Maurício Balassiano.

E não são apenas os aplicativos que demandam atenção dos consumidores. “Avaliamos também cerca de 700 mil serviços oferecidos no modelo de SaaS (Software as a Service) e as interfaces de programação (APIs) de plataformas on-line, elementos cada vez mais importantes da internet e que exigem as mesmas demandas de segurança”, reforça o CEO e fundador da BigData Corp., Thoran Rodrigues. Entre estas frentes analisadas, aproximadamente 30% não oferecem a proteção dos certificados de SSL.

SITES DESPROTEGIDOS
Ainda que muitos endereços eletrônicos tenham buscado certificados SSL, o volume daqueles que operam sem proteção aos dados é bastante considerável. Segundo o estudo, aproximadamente 15% deles encontram-se nesta situação.

Ao desmembrar o mapeamento por categorias, os portais governamentais são os mais desprotegidos, seguidos por corporativos e e-commerce. Estes alertam pelo grande volume de transações financeiras que realizam. “O número ainda é grande e pode prejudicar consumidores que olham apenas o preço e não prestam atenção aos critérios de segurança”, comenta Balassiano.

Ainda segundo o executivo, os lojistas precisam ficar atentos à renovação dos certificados. “Hoje temos 14,3% dos sites com certificados SSL expirados. Quem não prestar atenção a este detalhe pode estar perdendo vendas junto aos compradores mais conscientes.”

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