Beatriz Contelli   |   29/06/2020 13:22   |   Atualizada em 29/06/2020 13:29

Estudo da FecomercioSP registra queda na confiança do empresário

O estudo registrou a terceira queda seguida, ao passar de 93,8 pontos para 61, o menor patamar da história

Com a retomada parcial das atividades e com menos tempo para as vendas, a confiança dos empresários sofre a terceira queda seguida desde o início da crise causada pela disseminação do covid-19, ao passar de 93,8 pontos, em maio, para os atuais 61 pontos, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2011.
Divulgação
De acordo com a pesquisa, também não há expectativa de recuperação econômica a curto prazo
De acordo com a pesquisa, também não há expectativa de recuperação econômica a curto prazo
Diante desse cenário, a intenção de investir e contratar do empresariado caiu 28,3% – o Índice de Expansão do Comércio (IEC) passou de 87,5 pontos, em maio, para 62,8 pontos, em junho, também o menor nível da série histórica. Seguindo a tendência de quedas, o Índice de Estoque (IE) caiu 15%: de 109,6 pontos, em maio, para os atuais 93,1 pontos.

Segundo a FecomercioSP, não há expectativa de recuperação econômica a curto prazo, visto que as famílias tiveram seus poderes de compra reduzidos com a alta do desemprego. Assim, a intenção de realizar financiamentos e adquirir bens também caiu, uma vez que os consumidores estão majoritariamente em busca de itens essenciais, como alimentos e remédios. Por isso, a estimativa é que o fechamento de 2020 registre o pior desempenho da história.

A entidade recomenda que os empresários mantenham um planejamento financeiro estruturado, negociem com os fornecedores e tenham controle rígido do estoque. Para isso, ainda é preciso muita atenção na logística, com o objetivo de não encarecer as operações.

Além disso, a federação sugere digitalizar os processos e trabalhar com etiquetas inteligentes para facilitar a gestão, principalmente na geração de relatórios, o que auxilia a monitorar o momento de fazer novos pedidos e realizar promoções. Os pequenos estabelecimentos também podem se organizar para fazer compras conjuntas, na tentativa de conseguir preços melhores nas mercadorias.

Tópicos relacionados