Filip Calixto   |   19/06/2020 11:21

Turismo brasileiro tem prejuízo de R$ 6,76 bilhões em abril

Índice foi apontado pela FecomercioSP com base em números divulgados pelo IBGE

Unsplash/Dominik Scythe
O transporte aéreo aparece como o segmento mais afetado, segundo o estudo
O transporte aéreo aparece como o segmento mais afetado, segundo o estudo
O faturamento do Turismo brasileiro durante o mês de abril sofreu queda de 55,4% na comparação com o mesmo mês no ano passado. O resultado é a maior retração da série histórica, iniciada em 2011. O indicativo foi apontado por um levantamento feito pelo Conselho de Turismo da FecomercioSP baseado em números divulgados pelo IBGE. O relatório diz ainda que este foi o menor faturamento já registrado, de R$ 5,43 bilhões, com um prejuízo de R$ 6,76 bilhões em relação ao mesmo período em 2019.

Das seis atividades pesquisadas, cinco registraram baixa em receita real no comparativo anual. O destaque fica para transporte aéreo (-79,2%) e serviços de alojamento e alimentação (-65,6%).
Considerando que, no fim de março, muitas viagens foram canceladas ou remarcadas em decorrência do início da quarentena, ao somar os meses de março e abril, o prejuízo chega a R$ 9,5 bilhões, queda de 38,9% no bimestre. No acumulado do ano, a retração até o mês de abril foi de 18,3%.

Diante dos dados, o Conselho de Turismo da FecomercioSP avalia que não há expectativa de retomada do segmento em curto prazo. Para o comitê, somente no último trimestre do ano que pode haver um respiro. Contudo, ao lidar com o vírus ainda em circulação e as rendas retraídas pela crise econômica, os consumidores estarão resistentes às viagens e se concentrarão nos gastos em serviços essenciais.

A federação ainda recomenda que empresas que atuem no segmento e estejam registradas no Cadastur utilizem os recursos que foram disponibilizados ao Fundo Geral do Turismo (Fungetur), ligado ao Ministério do Turismo, por meio da Medida Provisória 963. Os prazos de carência para amortização são de 12 a 48 meses, com taxa de juros de 5% a.a. mais a taxa do INPC.

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