Laura Enchioglo   |   04/11/2025 13:07
Atualizada em 04/11/2025 13:08

Fronteiras mais inteligentes podem liberar US$ 401 bilhões para economia global

Relatório do WTTC e SITA mostra a necessidade de adotar tecnologias digitais e vistos inteligentes


Divulgação
Relatório destaca que 75% dos viajantes preferem processos biométricos em vez dos manuais
Relatório destaca que 75% dos viajantes preferem processos biométricos em vez dos manuais

Um novo relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC) revela que uma gestão mais inteligente das fronteiras pode impulsionar a economia global, adicionando US$ 401 bilhões ao PIB e criando 14 milhões de novos empregos nos países do G20, da União Europeia e da União Africana até 2035.

Elaborado pelo WTTC em parceria com a SITA, o relatório Better Borders mostra que, ao adotar tecnologias digitais e políticas de visto mais inteligentes, os governos podem transformar suas fronteiras em poderosos ativos nacionais, impulsionando o Turismo, fortalecendo a segurança e aumentando a competitividade econômica.

Fronteiras mais inteligentes, economias mais fortes

Com o setor de Viagens e Turismo projetado para alcançar US$ 16,5 trilhões do PIB global até 2035 — representando 12,5% da força de trabalho mundial —, o WTTC e a SITA afirmam que a modernização das fronteiras tornou-se uma prioridade estratégica.

O relatório apresenta seis princípios-chave e 18 ações recomendadas para tornar as viagens mais fluidas e seguras. Entre as principais recomendações estão a digitalização completa de vistos e autorizações de viagem, além da adoção de identidades digitais e tecnologias biométricas para acelerar e fortalecer os processos fronteiriços.

Também incentiva os governos a ampliar a cooperação entre os ministérios de Turismo, segurança e finanças, a pré-liberar viajantes antes da chegada para reduzir congestionamentos e a construir relacionamentos digitais diretos com os viajantes, melhorando a comunicação, a confiança e a experiência geral de viagem.

Exemplos globais de sucesso

Países como Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Austrália já colhem os frutos da transformação digital, demonstrando como uma gestão moderna de fronteiras pode gerar eficiência e crescimento econômico.

Nos Estados Unidos, a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) utiliza tecnologia de comparação facial biométrica para processar viajantes em 238 aeroportos — incluindo todos os 14 pontos de pré-liberação da CBP — e em 57 locais de partidas internacionais.

Nos Emirados Árabes Unidos, o uso de inteligência artificial reduziu drasticamente o tempo de processamento de vistos, com alguns casos sendo resolvidos em apenas algumas horas. A IA também ajuda os viajantes a preencherem corretamente os formulários de visto, eliminando longos períodos de espera.

Já na Austrália, os aeroportos utilizam SmartGates, que empregam reconhecimento facial para processar chegadas e partidas. Até junho de 2025, 79% de todas as chegadas eram elegíveis para usar a tecnologia SmartGate, com cerca de três quartos dos viajantes optando por ela — o que reduziu significativamente o tempo de liberação nas fronteiras.

O futuro das viagens começa na fronteira

O relatório destaca que 75% dos viajantes preferem processos biométricos em vez dos manuais e que 85% estão dispostos a compartilhar seus dados antecipadamente se isso significar uma experiência mais rápida e fluida.

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Sobre o autor

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, Laura Enchioglo é repórter na PANROTAS, onde entrou como estagiária em 2023. Tem experiência em assessoria de imprensa e na cobertura de economia e finanças.