AVEIRO (PORTUGAL) - Um dos principais argumentos utilizados quando se quer provar o valor dos agentes de viagens é o de que eles, em tese, economizariam o tempo e o dinheiro do cliente. Mas, números na ponta do lápis, de quanto seria essa economia?

Uma resposta foi dada nesta sexta-feira (9) no Congresso da Apavt, a associação portuguesa das agências de viagens, pelo norte-americano Mark Meader (foto), vice-presidente da American Society of Travel Agents (Asta), entidade equivalente à Abav nos Estados Unidos.

Em abril, a associação fez um pesquisa com três mil viajantes norte americanos e concluiu que, entre os que utilizaram uma agência nos últimos 12 meses, a economia de tempo foi de 3,2 horas e a de dinheiro, de US$ 319 (R$ 1.084). As principais motivações para a busca dos serviços de uma agência foram: economia de dinheiro, possibilidade de os agentes conseguirem melhores tarifas do que as disponibilizadas na internet e o fato de os profissionais diminuírem as chances da ocorrência de problemas durante a viagem.

Para surpresa da Asta, 30% dos millennials entrevistados (até 30 anos) utilizaram uma agência nos últimos 12 meses, o maior percentual entre todas as faixas etárias - em seguida vêm os indivíduos com até 75 anos (26%), 43 anos (25%) e 61 anos (20%). Segundo Meader, as viagens estão se tornando mais complexas e isso beneficia os agentes. Um exemplo são os cruzeiros, cada vez com mais produtos e opcionais e com maioria absoluta vendida pelos agentes. E um terço dos cruzeiristas americanos são pessoas maduras, vale destacar.

As principais razões dos que não utilizaram uma agência foram: "eu gosto de organizar meu próprio itinerário", "eu prefiro fazer minha própria pesquisa", "eu consigo organizar a melhor viagem para mim" e "os melhores acordos estão no on-line". Argumentos que precisam ser rebatidos pelos agentes de viagens. Os dados da pesquisa são de abril passado.

Alex Souza, especial para o Portal PANROTAS, que viaja a convite da Apavt