Artur Luiz Andrade   |   10/04/2015 10:29

Associação de cinco consolidadoras soma R$ 8,5 bilhões

No Brasil existem mais de 40 consolidadoras de bilhetes aéreos. Com venda de mais de R$ 120 milhões por ano muito poucas, menos da metade disso. E essas são o alvo da AirTkt, a Associação Brasileira de Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens

CAMPINAS - No Brasil existem mais de 40 consolidadoras de bilhetes aéreos. Com venda de mais de R$ 120 milhões por ano muito poucas, menos da metade disso. E essas são o alvo da AirTkt, a Associação Brasileira de Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens, fundada por Ancoradouro, Esferatur, Flytour, Gapnet e Rextur Advance. Juntas, essas cinco empresas somaram vendas de R$ 8,5 bilhões em 2014, quando realizaram nove milhões de transações e empregaram 2,1 mil colaboradores.

Os dados foram apresentados pelo diretor executivo da entidade, Cássio Salles de Oliveira, durante o Seminário Aviesp, que antecede a realização da feira, na parte da tarde, no mesmo Expo Dom Pedro. Ainda segundo Oliveira, os associados investiram R$ 16,8 milhões em tecnologia para o trade e somaram 107 pontos de venda, entre escritórios e home offices no ano passado.

LINHAS GERAIS
Os objetivos da entidade, que fala, via suas associadas, com milhares de agentes de viagens em todo o País, são:

- Promover o desenvolvimento das empresas atuantes no setor de consolidação de emissão de bilhetes aéreos, elevando o nível de excelência de suas práticas empresariais.

- Criar condições para o contínuo aprimoramento da atuação de seus associados na atividade de consolidação.

- Otimizar a estrutura de custos dos associados, testando, homologando e compartilhando produtos, serviços e tecnologias de interesse comum.

- Definir e estimular a adoção de condutas éticas pelos associados, de modo a orientar o setor e evitar concorrência desleal, sem prejuízo da competitividade entre eles.

- Estabelecer, desenvolver e solidificar a posição negocial, e atuar em defesa dos associados junto a fornecedores, empresas aéreas, parceiros de negócios, agências reguladoras e outros.

- Atuar como entidade formadora de opinião, pesquisando e divulgando para o mercado dados, estatísticas, análises e tendências do setor.

- Prover padrões e estimular a produção de conhecimento e contribuir para a qualificação dos recursos humanos do setor.

- Organizar e promover cursos, congressos, convenções, exposições e conferências para intercâmbio de conhecimentos e experiências.

- Disseminar entre os associados práticas de responsabilidade social;

- Promover medidas em juizo ou fora dele, para as quais esteja legitimada e autorizada pela assembleia de associados.

- Realizar outras atividades de interesse dos associados, que, direta ou indiretamente, se relacionem com os objetivos traçados.

PARA SER AIRTKT
“A AirTkt cuidará de vários processos, ações, iniciativas ligadas à consolidação. Tudo menos a área comercial”, disse ele. O setor agora conta com um posicionamento único das líderes do setor e em breve anunciará novas associadas.
“Nosso público-alvo são as empresas com venda anual de pelo menos R$ 120 milhões”, explica Cássio Oliveira. Ou seja, por estatuto, só serão avaliadas consolidadoras com essa produção mínima. São cerca de R$ 10 milhões ou US$ 3 milhões por mês.

Mas há outros pré-requisitos, que também contam do estatuto. O requerente terá de ter quatro votos dos cinco do total de sócios-fundadores. Com dois votos contra, já não será aceito. Por enquanto, o conselho é formado pelos cinco fundadores, mas a ideia é ter sete membros e assim ter dois não-fundadores com direito a voto nas decisões.
A formalidade do negócio é outra exigência da AirTkt. “Não podemos chegar no governo ou nas autoridades e reivindicarmos ou negociarmos algo que pode levar à exposição da informalidade de algum associado. Pagamento de impostos, registro de funcionários, organização fiscal são pré-requisitos para mostrar a legalidade e a força total do setor”, explica Cássio Oliveira.

Os que quiserem se associar precisarão, ainda, ser indicados por dois sócios-fundadores, ter mais de 150 mil transações aéreas/ano, ser Iata, ter ao menos 30 funcionários dedicados ao negócio da consolidação e conseguir duas cartas de empresas aéreas comprovando sua idoneidade comercial.
Tecnologia, produtos, melhoria de processos, correção de distorções que se arrastam há anos (inclusive no campo da tributação), integrações... serão muitos os campos de atuação da AirTkt, que está baseada no centro de São Paulo.

“A receptividade foi muito boa e viemos para somar”, afirmou o diretor da entidade, que terá, três tipos de associados: sócio-fundador, sócio-aderente e sócio-patrocinador, que terá direito a fazer ações com os funcionários dos associados, além de apresentações nas reuniões da AirTkt.

Cássio Oiveira annciou também que a Air Tkt será uma das associações congêneres da Abav Nacional.


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