Renê Castro   |   26/04/2017 10:24

Críticas a Trump e Brexit dão o tom do WTTC Bangcoc

Globalização versus nacionalismo. Desenvolvimento sustentável. Disrupção. A disparada da China na economia mundial. Combate ao terrorismo. Paz. Todos esses temas foram de alguma forma citados no primeiro dia do WTTC, prestigiado por cerca de 1 mil profissionais de


Renê Castro
Gerald Lawless, chairman do WTTC
Gerald Lawless, chairman do WTTC

BANGCOC (TAILÂNDIA) – Globalização versus nacionalismo. Desenvolvimento sustentável. Disrupção. A disparada da China na economia mundial. Combate ao terrorismo. Paz. Todos esses temas foram de alguma forma citados no primeiro dia do WTTC, prestigiado por cerca de 1 mil profissionais de todas as partes do globo e realizado em solo tailandês. O destino, aliás, foi um dos mais ovacionados hoje pelos líderes. O primeiro a enaltecer foi o chairman do WTTC, Gerald Lawless, que considerou o país “um dos mais populares entre os turistas no mundo”, justificando a visita de cerca de 32 milhões de estrangeiros por ano.

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Taleb Rifai, secretário-geral da OMT
Taleb Rifai, secretário-geral da OMT
Discurso parecido fez o secretário geral da OMT, Taleb Rifai. Em tom de despedida da organização (as eleições para o novo secretário ocorrem nas próximas semanas, e o Brasil está na disputa. Saiba mais aqui), o egípcio destacou a evolução da indústria de viagens nas últimas décadas, mas, em contrapartida, criticou as medidas contra refugiados e muçulmanos encabeçadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

“Enquanto a tecnologia e os novos modelos de negócios quebram barreiras, atitudes que vão contra a compreensão e o respeito ao próximo colocam o mundo em estado de alerta. Nós, responsáveis por esse enorme mercado que é o Turismo, temos o dever de impedir a criação deste cenário adversário. É investindo em segurança (para visitantes e locais), tecnologia (para toda a indústria) e sustentabilidade (preservação da natureza) que alcançaremos nossos objetivos de longo prazo”, explicou.

Rifai não perdeu a oportunidade de cutucar a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, movimento conhecido como Brexit. Sempre muito cuidadoso nas palavras, o dirigente fez um recorte da situação, direcionou ao mercado de viagens e afirmou que “hoje, viajar é um direito de todos, e manter esta condição é de responsabilidade de todos os países. Qualquer medida que gere insegurança ou coloque em dúvida o bem receber de um destino deve ser questionado”.
“Tailândia, eu me despeço como secretário-geral da OMT afirmando que seu povo é um exemplo de hospitalidade e respeito para com o visitante. Vocês devem se orgulhar disso. Saibam que vocês merecem todos os ótimos resultados que estão colhendo nos últimos anos”, finalizou ele.

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