Henrique Santiago   |   08/09/2016 16:38

Terrorismo despenca viagens para a Europa, diz estudo

As viagens de longa distância para a Europa no verão local registram números negativos. Para o período, houve uma queda de 0,9% em comparação com o ano anterior, aponta a Forward Keys, que analisa mais de 14 milhões transações de reserva


Eric Gaillard/Reuters
Registro de atentado em Nice, na França, em julho

As viagens de longa distância para a Europa no verão local registram números negativos. Para o período, houve uma queda de 0,9% em comparação com o ano anterior, aponta a Forward Keys, que analisa mais de 14 milhões transações de reservas aéreas diariamente.

O crescimento a partir do fim de junho e começo de julho, impulsionado pelo campeonato de futebol Liga Europa da Uefa e o encerramento do período religioso muçulmano ramadan duas semanas mais cedo do que em 2015, foi equilibrado pela consequente queda nos últimos dias de julho e no início de agosto.

Os mercados sul e norte-americano foram os únicos a trazer resultados positivos, com alta de 2,5% e 4,6%, respectivamente. África (-2,8%), Ásia-Pacífico (2,4%) e Oriente Médio (-1%) preocupam o continente europeu.

Embora a América do Sul tenha dados satisfatórios, o Brasil poderia ter aumentado a performance do continente. Com queda de 14,7% no verão europeu, a empresa atribui ao País o “sombrio período econômico” como impedidor do aumento de viagens.

De 1º de junho a 31 de agosto, houve uma queda de 1,3% em viagens internacionais para o Reino Unido. Os números baixos seguem para Itália e a Alemanha, com 2,6% e 4,1%, respectivamente. Os índices de queda são ainda mais avassaladores na França (9,6%) e na Turquia (26,7%), principais alvos europeus de ataques terroristas e de problemas políticos, como a tentativa de golpe militar no segundo país.

O OUTRO LADO
Os países “estepes”, ou seja, que estão em segundo plano, têm crescido na preferência dos visitantes internacionais, com crescimentos expressivos para o período, assinalou a Forward Keys: Portugal (5,2%), Dinamarca (5,5%), Espanha (10%), Irlanda (18,1%), Rússia (19%) e Polônia (26,1%).

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