Renato Machado   |   21/12/2016 20:47

Por acordo de paz, Farc querem encontro com papa

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem a ajuda do papa Francisco para chegar ao acordo de paz com o governo colombiano. Em carta assinada pelo seu líder, Timoleón Jiménez diz que “acreditamos que a parte mais acusada de pecados, as

Divulgação/Agência Lusa/ETA/Mauricio Duenas
Presidente Juan Manuel Santos posa em foto com o líder Timoleón Jiménez
Presidente Juan Manuel Santos posa em foto com o líder Timoleón Jiménez
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem a ajuda do papa Francisco para chegar ao acordo de paz com o governo colombiano. Em carta assinada pelo seu líder, Timoleón Jiménez diz que “acreditamos que a parte mais acusada de pecados, as Farc, também merecíamos alguns minutos de reflexão com o senhor, antes ou durante sua anunciada visita à Colômbia”.

O papa confirmou sua visita ao país sul-americano em 2017, sem definir, entretanto, o roteiro da passagem. Na última sexta-feira, Francisco promoveu no Vaticano uma reunião com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e com Álvaro Uribe, ex-presidente e crítico ferrenho do acordo com as forças revolucionárias. O encontro acabou sem uma resolução entre as partes, com a esperança de que o avanço nas conversas ocorra em novas reuniões, desta vez com o papa em solo colombiano.

Na carta, Jiménez não perde a oportunidade de criticar os opositores ao acordo. "Não é fácil alcançar o consenso e a reconciliação com setores dominados por um fundamentalismo de tal natureza que, por sua vez, alimenta a mão escura que mergulha a Colômbia em doloroso mar de sangue".

ACORDO DE PAZ
O acordo pelo fim da luta armada das Farc, com a criação de um partido político, foi costurado entre as partes com auxílio do governo cubano. Após quatro anos de negociações, o documento, que prevê mecanismos de combate ao narcotráfico e melhora no campo, foi assinado e votado, em outubro, em um plebiscito – no qual a população rejeitou o acordo.

A crítica da oposição é de que selar o cessar fogo com as Farc deixaria impune crimes cometidos nos últimos 40 anos de luta do grupo. Por outro lado, a defesa é de que o acordo estabelece que os rebeldes só poderão evitar a prisão se os crimes forem reconhecidos e as vítimas reparadas.


*Fonte: Agência Brasil

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Renato Machado

Renato Machado tem 1403 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS